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Espetáculo incorpora objetos esquecidos

Em cartaz no Sesc Belenzinho, 'Nada, Uma Peça para Manoel de Barros' tem instalação que pode ser visitada

Assinada pela dupla Fernando e Adriano Guimarães, montagem se inspira na poesia do autor mato-grossense

GUSTAVO FIORATTI DE SÃO PAULO

No período de pesquisa para "Nada, uma Peça para Manoel de Barros" --em cartaz no Sesc Belenzinho desde quinta--, os encenadores Fernando e Adriano Guimarães encontraram um tesouro sem valor monetário.

Em visita ao bairro carioca de Santa Teresa, conheceram o galpão de um colecionador chamado Senhor Marinho. No imóvel, havia um espaço apenas para coisas de vidro.

Mas o que essa coleção tinha a ver com o processo de criação da dupla de Brasília?

Muito, dizem os irmãos. "Nossa pesquisa era a poesia de Manoel de Barros, como ele reconfigura o olhar sobre os objetos abandonados ou as coisas que vemos, mas normalmente não enxergamos", explica Adriano.

Todo empoeirado, o acervo reunia tubos de ensaio e outras peças de laboratório. Os artistas contrataram oito homens, que passaram uma semana limpando os objetos, depois acumulados ao redor de um piano fechado.

A instalação está no mesmo espaço proposto para a peça "Nada", mas não pode ser considerada exatamente seu cenário, pois não interfere na trama, explicam.

Os objetos estão ali simbolicamente apenas, aclimatando fragilidades de uma festa de aniversário de um velho. Podem ser visitados também de terça a domingo, fora do horário de espetáculo.

O espectador ocupa assentos dentro da encenação, tomando parte da cerimônia. A peça tem codireção de Miwa Yanagizawa e texto em parceria com Emanuel Aragão. Ismael Monticelli também assina a instalação.


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