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'Eu entendo o pornô', diz atriz de 'Lovelace'

Depois de atuar em filmes sentimentais, Amanda Seyfried vive protagonista de 'Garganta Profunda', ícone da liberação sexual

Filme que mostra transformação de menina recatada em furacão pornográfico estreia amanhã

RODRIGO SALEM ENVIADO ESPECIAL A BERLIM

Amanda Seyfried tem o nome ligado a romances açucarados como "Mamma Mia" (2008) e "Os Miseráveis" (2012). Mas a atriz de 27 anos quer mudar essa imagem e nada como a biografia de uma estrela pornô controversa para dar o pontapé inicial.

"Lovelace", que estreia amanhã no Brasil, retrata a transformação de uma menina recatada e católica (apelidada no colégio de "Senhorita Sagrada") em um furacão pornográfico.

Linda Susan Boreman (1949""2002), ao virar a protagonista de "Garganta Profunda", virou bandeira da liberação sexual nos anos 70 e da emancipação feminina --apesar da própria atriz ter ideias conflitantes sobre o período.

"Ela era uma sobrevivente e fez o melhor que pôde para mostrar sua visão do mundo", conta Amanda a respeito dos livros escritos pela personagem real que encarna no drama de Rob Epstein e Jeffrey Friedman ("Uivo"). "Linda queria ser aceita e amada, mas não era uma menininha. O fato de não usar drogas ou não fazer sexo sem camisinha mostrava que ela se protegia. Eu não quis interpretá-la totalmente inocente."

Linda, após o sucesso de "Garganta Profunda", assumiu o simbolismo de lutadora sexual. Anos depois, tornou-se ainda mais religiosa, escrevendo duas obras mais críticas, dizendo-se explorada por seu namorado e cafetão Chuck Traynor (vivido por Peter Sarsgaard).

"Há um respeito nosso por essa visão, por isso não quisemos fazer um filme pornográfico e explorador", diz Friedman. Mas Amanda Seyfried não colocou obstáculos. Apesar de poucas cenas de topless, ela estava disposta a ir além. "Quando eu topo fazer um ensaio fotográfico e me pedem para tirar a roupa, eu me recuso se não existir um sentido. Mas não para Lovelace'. Eu estava disposta a tirar toda a roupa. É um filme sobre uma estrela pornô, então alguma nudez é esperada", afirma a atriz.

"Eu entendo o pornô, principalmente como arma de conhecimento sexual. Não costumo ver, mas não tenho o menor problema", afirma.

GÊNIO FORTE

Apesar da opinião forte, Amanda não teve facilidades quando decidiu contar a história de Linda Lovelace. "Eu precisei subir na mesa para brigar com meu empresário", brinca. "Mas ninguém vai a algum lugar nesta vida se não ousar. Neste ponto, eu me identifico com Linda. No fim do dia, somos atrizes. As outras mulheres não queriam se aproximar dela porque era uma atriz pornô, eu não tenho esse problema. Mas quem garante que todo mundo que se aproxima de mim quer ser meu amigo?"

Mas não é uma obrigação para uma estrela de Hollywood seguir certos padrões? "Eu não me importo com nada. Falo o que quero e não sigo fórmula de comportamento. Isso, claro, já me trouxe problemas, porque não sou eloquente. Mas, no fim do dia, eu estou bem melhor dessa maneira."


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