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'Breaking Bad' leva Emmy de melhor série na reta final
Em cerimônia de piadas fracas, maiores produções da TV americana não ganham mais que dois prêmios cada uma
Premiação disputou a atenção com penúltimo capítulo de seriado sobre professor que vira supertraficante
No dia em que foi exibido seu penúltimo episódio e após cinco temporadas no ar, "Breaking Bad" levou o Emmy de melhor série dramática. A premiação, a maior da TV norte-americana, aconteceu ontem em Los Angeles e dividiu atenções na internet com as emoções da reta final da série sobre um professor de química que vira um supertraficante de drogas.
A cerimônia foi marcada pelo tédio e por uma pulverização em que as principais séries receberam poucos prêmios relevantes. Nenhuma delas terminou a noite com mais de dois prêmios.
"Breaking Bad" levou ainda o prêmio de melhor atriz coadjuvante, dado a Anna Gunn, que interpreta Skyler, a mulher do protagonista.
O barulho causado pela indicação da série "House of Cards", a primeira produzida por uma plataforma sob demanda --o Netflix-- e não pela TV convencional, não vingou. A série, indicada a nove categorias, levou o de melhor diretor, para David Fincher ("A Rede Social", 2010).
Claire Danes, a agente bipolar Carrie Mathison de "Homeland", levou o prêmio de melhor atriz de drama. O seriado também recebeu prêmio de melhor roteiro.
Jeff Daniels ganhou prêmio de melhor ator pelo âncora inconstante de "Newsroom".
A cerimônia, apresentada por Neil Patrick Harris, seguiu um tom morno, com piadas fracas e números musicais surrados, como a homenagem de Elton John ao pianista Liberace, tema do telefilme "Behind the Candelabra", e a versão desafinada e constrangedora de "Yesterday", por Carry Underwood.
Nenhuma surpresa no lado das comédias. Além de melhor série, "Modern Family" abocanhou direção. "The Big Bang Theory" levou o Emmy de melhor ator de comédia (Jimmy Parsons, o Sheldon), e "30 Rock", que concorria na última temporada, ficou com o prêmio de melhor roteiro para Tina Fey, mas perdeu o de melhor atriz de comédia para Julia Louis-Dreyfus, de "Veep".
A série, sobre uma vice-presidente dos EUA atrapalhada, também abocanhou o Emmy de melhor ator coadjuvante (Tony Hale), que interpreta um puxa-saco. Mas "Veep" não surpreendeu, por já ter vencido em 2012.
Os destaques fora dos seriados foram para o comediante Stephen Colbert (dois Emmys) e para o telefilme "Behind the Candelabra", recordista da noite com meros três troféus.
