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Balé da Cidade revê história no Municipal

Programação do fim da temporada traz coreografias que remontam a trajetória do grupo paulistano de dança

Número 'Cantares' terá acompanhamento da Orquestra Sinfônica; espetáculos ficam em cartaz até domingo

LUCIANA PAREJA COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

"Quis unir as duas pontas, da década de 1970 até hoje", explica a diretora artística do Balé da Cidade de São Paulo, Iracity Cardoso, 67, sobre o último espetáculo da temporada de 2013 da companhia no Theatro Municipal de São Paulo. Como neste ano o Balé da Cidade completa 45 anos, o programa exibido entre 26 e 29 de setembro tem sabor de comemoração.

Nele, três coreografias remontam a trajetória do grupo a partir do momento em que se deu a guinada do balé clássico para a dança contemporânea, em 1974.

"Apocalipsis", de Victor Navarro, 68, estreou em 1976 e soa a musicais de Bob Fosse, com 20 bailarinos. O gestual de mãos é característico do jazz e há inserção de ações corriqueiras na cena, como um bailarino tocando uma bateria imaginária.

"Quando o criei, não imaginei que 37 anos depois pudesse ser encenado novamente como trabalho emblemático da companhia", conta Navarro.

É o único dos três números com música gravada. "A orquestra em cena dá uma outra qualidade ao espetáculo, porque são seres humanos, bailarinos e músicos, trabalhando juntos", diz Iracity.

"Cantares", de Oscar Araiz, 72, outra reencenação, terá acompanhamento da Orquestra Sinfônica Municipal, regida por Luis Gustavo Petri.

PARA NÃO INICIADOS

Trabalhando o universo hispânico sob a ótica das personagens de Federico García Lorca e com música de Maurice Ravel, Araiz se inspira no estilo pictórico de Martha Graham, em que o figurino também dança, com as saias e os xales das nove bailarinas compondo movimentos.

Ele não crê em dança para iniciados: "O público não precisa ser especialista. Se tem emoção, o espetáculo é bom; se não emociona, não serve".

Cria da casa, Alex Soares, 32, traz peça inédita, "Abrupto." (lê-se abrupto ponto'), a primeira dele criada para música ao vivo.

São dez bailarinos em movimentos derivados da técnica contato improvisação, ou seja, com os corpos sempre em relação, em movimentos que parecem um filme exibido quadro a quadro. "Sempre penso as imagens nessa lógica, como se estivesse editando um filme", diz Soares.

Com esses números, o programa revê a história sem perder o fôlego contemporâneo.


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