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Análise

Espaço recolonizou a Augusta e se tornou patrimônio de SP

ALCINO LEITE NETO EDITOR DA "TRÊS ESTRELAS"

Para os cinéfilos em São Paulo, a abertura do Espaço Banco Nacional de Cinema, no início da década de 1990, foi uma verdadeira dádiva.

Os anos anteriores haviam sido bastante cruéis com as melhores salas de exibição na cidade. Muitas haviam desaparecido; outras, perdido o rumo, e só algumas poucas conseguiam, custosamente, manter uma boa programação.

Estávamos próximos de perder os laços com a rede mundial do chamado cinema de "arte e ensaio", aqui cada vez mais relegado às mostras esporádicas.

Além disso, o cinema brasileiro, atingido no peito pelas medidas do governo Fernando Collor, tentava recomeçar do quase zero, acuado, desmoralizado.

Tanto os melhores filmes estrangeiros como a nova produção brasileira encontraram lugar de destaque nas três salas do novo Espaço, disposto a enfrentar as agruras da época e a encarar o desafio de levar o público à parte mais arruinada da rua Augusta, onde já quase ninguém ia, exceto para diversões mais audaciosas.

Pouco a pouco, São Paulo conseguiu recuperar seu alinhamento cinéfilo com as grandes capitais do mundo, seguindo com regularidade as melhores produções internacionais, fossem elas europeias, americanas, asiáticas ou iranianas.

O resultado aí está: o Espaço Itaú de Cinema tornou-se um patrimônio paulista. Por dois motivos principais. É um porto seguro para a arte dos filmes na cidade. E, aberto para a rua e para o mundo, foi o recolonizador pioneiro da lendária Augusta e de seus arredores, hoje em pleno florescimento.


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