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Com o desespero dos personagens, tudo pode ocorrer

ANTONIO PRATA COLUNISTA DA FOLHA

A genialidade de "Breaking Bad" não está em impedir que a gente adivinhe o que vai acontecer a cada episódio, mas em nem sequer nos permitir saber o que a gente quer que aconteça. Já me vi torcendo pro Walter White se salvar e ser morto --na mesma cena.

No últimos dois capítulos, contudo, acho que a série exagerou na meta-anfetamina. Tá difícil torcer tanto pro WW se dar bem quanto mal. E o Jesse, coitado, com duas namoradas mortas, torturado por neonazis, drogadito, inseguro e carente: de que adianta ser libertado do cativeiro?

O lado bom de terem calcinado os personagens no fogo do desespero é que tudo pode acontecer. WW pode matar a família e ir ao cinema, para matar os neonazistas, pegar o dinheiro e salvar Jes-se, pode matar Jesse ou ser morto por ele. Só uma coisa eu acho obrigatória acontecer, para a série ser coerente com o breu que propôs: a bufunfa deve ter um destino ridículo. Ficar com Saul, com seu capanga de cabeça cônica, com a Marie (bitch!) ou ser levada pelo vento, num daqueles belos desertos do Novo México.


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