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Cinema - Comédia

'É o Fim' é um dos piores filmes já feitos

Longa traz um bando de atores famosos e sem talento em uma trama que mistura ETs e drogas

ANDRÉ BARCINSKI CRÍTICO DA FOLHA

"É o Fim" inaugura um novo gênero cômico em Hollywood: a superprodução caseira/ególatra. É uma comédia que junta duas desgraças de nosso tempo: o culto desmiolado a pseudocelebridades e o gosto por "reality TV".

O resultado é um dos filmes mais deprimentes, egocêntricos e desagradáveis dos últimos anos. Talvez de todos os tempos.

A história reúne uma penca de novos "astros" do cinema e da música, interpretando eles mesmos: Seth Rogen ("Superbad"), James Franco ("127 Horas"), Jonah Hill ("Superbad"), Jay Baruchel ("Ligeiramente Grávidos"), Danny McBride ("Um Parto de Viagem"), Michael Cera ("Juno") e até a cantora pop Rihanna.

Tudo começa quando Rogen e Baruchel chegam à mansão de James Franco, em Los Angeles, para uma festa. O lugar parece uma reunião de atores riquinhos e mimados, cada um tentando ser mais descolado e esperto que o outro.

APOCALIPSE

O público é brindado com cenas em que os artistas cheiram cocaína, fumam quantidades prodigiosas de maconha, falam palavrões a rodo e travam diálogos politicamente incorretos.

Isso é o que passa por comédia ousada hoje em dia: mostrar celebridades pagando mico no filme ("Olha o Michael Cera cheirando pó, que engraçado!").

No meio da festa, a cidade de Los Angeles é invadida por alienígenas --sério!-- e o apocalipse se aproxima: ruas partem ao meio, chamas destroem mansões e pessoas são sugadas por feixes de luz que vêm do céu.

No meio do caos, nossos bravos atores de Hollywood se refugiam na mansão de James Franco e tentam sobreviver. Mas quem pena para sobreviver mesmo é o público, que precisa aturar quase duas horas de piadas horríveis e egos transbordando pela tela.

"É o Fim" é um título mais que apropriado para esta desgraça, um filminho caseiro de US$ 30 milhões estrelado por um bando de atores sem graça e sem talento.


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