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Crítica - Concerto

Osesp e Sinfônica Heliópolis unem Verdi e Paulo Leminski

SIDNEY MOLINA CRÍTICO DA FOLHA

Aos 38 anos, Beethoven (1770-1827) escreveu a "Fantasia Coral" para encerrar um concerto só com obras autorais. À formação insólita --piano solista, orquestra e coro-- soma-se o inesperado da entrada das vozes apenas no finzinho.

Daí a Fundação Osesp ter encomendado a André Mehmari, 36, uma abertura usando as mesmas forças, o "Noturno para Coro, Piano e Orquestra", que estreou anteontem na Sala São Paulo com a Sinfônica Heliópolis, o jovem Pablo Rossi ao piano e a presença do Coro Acadêmico e do Coro da Osesp.

Unificada pelo som de um apito distante e pelo texto de Paulo Leminski (1944-1989) a dizer que "só dúvidas continuam de pé", a obra segue o estilo eclético e idiomático de Mehmari, que talvez pudesse aliviar a orquestração nos pontos culminantes com coro.

Genial foi o elo entre a poesia de Leminski e o tradicional "Stabat Mater", a segunda das "Quatro Peças Sacras", que Giuseppe Verdi (1813-1901) terminou aos 84 anos.

Maturidade de Verdi, mas igualmente do maestro Isaac Karabtchevsky, 78, que nunca deixou de levar sua experiência de regente coral às orquestras que dirige. E também do Coro da Osesp, que terá atuação privilegiada na temporada 2014.

A Sinfônica Heliópolis atingiu o nível das boas orquestras jovens. Não fosse por duas entradas dos sopros, poderíamos dizer estar diante de profissionais. Já se escuta o grupo sem se dar conta de sua origem como projeto social, o que não é pouco.


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