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Crítica documentário

'A Fuller Life' é desses filmes que ninguém merece perder

FinaAd praecit; num in vere quemus vit, quidiissede hilic res con sum arit;

INÁCIO ARAUJO CRÍTICO DA FOLHA

O título "A Fuller Life" diz respeito, claro, à vida de Samuel Fuller, objeto do documentário dirigido por Samantha Fuller, sua filha, no momento do centenário de nascimento deste prodigioso artista. Ao mesmo tempo, o título alude a uma vida plena; e é o relato de uma vida de aventuras, literais e intelectuais.

Samantha tem por objetivo homenagear o pai. Nada mais justo, dirá qualquer fã de cinema minimamente ilustrado. Para tanto, recorre a objetos e pessoas que lhe eram próximos. Primeiro, o manuscrito da autobiografia deixada por Fuller. Depois, os arquivos, onde encontrou filmes amadores em 16 mm de cuja existência nem suspeitava.

Por último, tratou de reunir um grupo de amigos, atores e cineastas (entre eles: Jennifer Beals, William Friedkin, Monte Hellman, James Franco, Wim Wenders), cada um encarregado de ler trechos do livro, enquanto rolam as imagens criadas pelo cineasta ao longo de sua vida.

Ou, para resumir: Samantha soube ser inventiva sem recorrer a invencionices. O filme serve exemplarmente ao objetivo de expor o seu objeto. E que objeto! Fuller foi sucessivamente jornaleiro, jornalista, ficcionista, soldado ao longo da Segunda Guerra, roteirista e diretor de cinema.

Todos esses títulos, no entanto, mal servem para introduzir ao personagem. Melhor ficar com uma de suas frases, e que tão bem definem o autor de "Agonia e Glória", a obra-prima sobre sua experiência de pracinha: existem três maneiras de voltar da guerra: morto, ferido ou louco. "A Fuller Life" é um desses filmes que ninguém merece perder.


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