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Crítica - Rock

Novo do Pearl Jam traz mais do mesmo, o que é bom e é ruim

THALES DE MENEZES EDITOR-ASSISTENTE DA "ILUSTRADA"

"Lightning Bolt", décimo CD de estúdio da banda americana Pearl Jam, é intenso.

Quando a faixa é rock, soa poderosa, cheia, as guitarras construindo uma muralha de som. Rock cru, direto.

Quando é uma balada, vem marcada pela voz de trovão de Eddie Vedder e aquela interpretação emocionante, algo que o rock só atingiu com ele e talvez com Jim Morrison (1943-1971), do Doors.

Assim, "Lightning Bolt" parece ser um disco muito bom. E realmente é. Um dos melhores na produção recente do gênero, que não anda tão contundente nestes tempos.

O problema é que o Pearl Jam sempre foi intenso. Desde a estreia, no inicio dos anos 1990, quando se mostrava tão incendiário quanto o Nirvana e muito acima do resto do bonde do grunge de Seattle--Soundgarden, Mudhoney e Screaming Trees, entre outros.

O Pearl Jam passou os anos 1990 firmando sua posição de banda íntegra, preocupada com seus fãs e devota de um rock retrô, que paga tributo a Neil Young e The Who.

A partir da década seguinte, cumpre ciclicamente a rotina de disco seguido de turnê. A cada álbum, aumenta o repertório com novidades.

Deste novo CD, as roqueiras "Getaway" e "Mind Your Manners" e a balada derramada "Sirens" chegam para se incorporar ao set list.

Mas é pouco para justificar uma animação maior com "Lightning Bolt". É mais do mesmo, não transgride em momento algum essa rotina da banda. E rotina não combina com criatividade.

O Pearl Jam perdeu mais uma chance de surpreender seu público fidelíssimo.


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