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D. Quixote da periferia leva arte às quebradas da cidade

Mostra cultural da Cooperifa é realizada em SP pelo sexto ano seguido

Mano Brown faz show hoje no Jardim São Luís, na zona sul; Chico César e Zeca Baleiro se apresentam amanhã

ANDRÉ CARAMANTE DE SÃO PAULO

As quebradas de São Paulo têm seu Dom Quixote, tão sonhador quanto o De La Mancha, de Miguel de Cervantes, mas com o sobrenome De La Perifa. É o poeta Sérgio Vaz, 49, criador da Cooperifa (Cooperativa Cultural da Periferia).

E foi esse Dom Quixote De La Perifa quem conseguiu, pelo sexto ano seguido, realizar mais uma mostra cultural para quem vive nas bordas do lado sul de São Paulo. São eventos gratuitos de literatura, cinema, música e teatro durante nove dias.

"Nossa luta é para que ninguém mais morra nas quebradas sem ter tido acesso à arte", diz De La Perifa.

No encerramento da mostra, amanhã, a cantora Izzy Gordon e os cantores Zeca Baleiro, Chico César e Edi Rock, do Racionais MC's, estarão na Casa de Cultura do M'Boi Mirim, no Jardim São Luís. Serão distribuídos 2.000 livros durante os shows.

Hoje, às 19h, o rapper Mano Brown, também do Racionais, e o grupo Versão Popular estarão no palco da Fábrica de Cultura São Luís. Os artistas aceitaram participar por cachês mais baixos do que os cobrados normalmente, segundo o poeta.

Na quarta-feira, mil pessoas foram ao Bar do Zé Batidão para o tradicional sarau de Vaz. A metade do público era formada por alunos de escolas públicas. Enquanto um poeta recitava seus versos, De La Perifa captou a conversa de um dos estudantes: "Mano, esse bagulho de poesia é da hora. Nós temos que voltar mais aqui". "Quando ouvi isso, percebi que ainda vale sonhar", disse De La Perifa.


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