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A moda do freguês
Veja o saldo usável dos desfiles mais afinados com o gosto do mercado Desfiles mostraram que grifes estão atentas às escolhas do consumidor
Estilistas trabalham duro para apresentar opções que valorizem diferentes corpos e agradem vários públicos
À procura de um meio-termo entre conceito e comércio, as marcas que desfilaram seu inverno 2014 na São Paulo Fashion Week, que terminou anteontem, mostraram estar atentas às ruas sem abrir mão da criatividade.
Deixam claro que não é possível falar de tendências, mas de escolhas que o consumidor faz a partir do conhecimento que tem sobre seu corpo e das referências da internet, da novelas e de outros meios de informação.
Exemplo dessa "abertura de olhar" é a silhueta. Ampla ou ajustada, os estilistas trabalharam duro para apresentar opções que valorizem as altas e baixas, as magras e não tão magras.
Os brilhos que a mulher brasileira tanto gosta estão garantidos nos pontos de cristais aplicados nos vestidos, nos tecidos metálicos com texturas ou mesmo em lantejoulas e paetês.
Técnicas manuais e tecnologia se fundem na busca pelo tecido perfeito. O couro pode ser cortado a laser ou bordado e o neoprene, referência direta ao "sportswear", é o pano da vez.
A cartela de cores é, em sua maioria, monocromática. As opções variam entre tons muito claros, como branco e bege, e muito escuros, como o marinho. Mas existe alguma cor na temporada: tons de vermelho, laranja e verde.
O mundo das artes aparece em ilustrações e pinceladas de cor aplicadas sob tecidos claros. A música também serve de referência, com as capas de discos e turnês de bandas de rock estampadas.
Padronagens pied-de-poule e xadrez são apostas de muitas das marcas da semana de moda, que termina com retrato de uma indústria madura e que parece ter encontrado o caminho do sucesso.