Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria
Flemming deve expor no Brasil em 2014
Artista conhecido por fotos de rostos na estação Sumaré quer mostrar 'Caos', em que mistura fotografia e pintura
Paulistano radicado na Alemanha estará em Sorocaba e Curitiba neste mês para falar sobre suas obras
Conhecido pela obra com fotos de rostos que estampam a estação Sumaré do metrô de São Paulo, o artista paulistano radicado em Berlim Alex Flemming planeja trazer ao Brasil no ano que vem o projeto "Caos", em que mistura fotografia e pintura.
Na série, Flemming retrata floristas, garçons, pedreiros, sorveteiros, criadores de papagaio e coveiros em uma mistura de fotografia e pintura com a mesma abordagem pop com que marcou a paisagem urbana paulistana.
Segundo ele, o título "remete à vida e morte, ao ciclo caótico que cumprimos ao nascer até morrer. Do caos viemos ao caos voltaremos".
O projeto deve marcar a comemoração de seus 60 anos e também uma reaproximação com o país. Flemming vive há 22 anos na capital alemã, no bairro artístico Prenzlauer Berg. Neste mês, ele voltará ao país para duas palestras.
Na próxima terça (12), Flemming participa de uma conversa sobre seu trabalho no Museu de Arte Contemporânea de Sorocaba (99 km de São Paulo) e depois, no dia 22, no evento "Curitiba Luz Imagem e Fotografia", no auditório do Museu Oscar Niemeyer, na capital paranaense.
Seu trabalho mais recente no país foi a instalação "Lápides", na Pinacoteca, em São Paulo, há um ano e meio.
BIOGRAFIAS
Flemming retratou recentemente o escritor e colunista da Folha Ruy Castro, que o visitou após participar da Feira do Livro de Frankfurt, em outubro deste ano.
"Foi uma honra ter esse grande biógrafo na série Alturas', em que meço literalmente a altura de diversas pessoas do mundo da cultura como Paulo Lins, Elza Soares, Zé do Caixão, Paulo Mendes da Rocha, Cristiano Mascaro e Gilberto Gil".
Sobre o ex-ministro da Cultura, Flemming lamenta que o cantor esteja envolvido na "campanha pelas biografias chapa-branca". Tal qual Roberto Carlos, Chico e Caetano, Gil defende autorização prévia de biografados ou seus herdeiros para a publicação de obras biográficas.
"É patético e hipócrita não permitir que histórias sejam contadas sem censura", critica Flemming. "Lutei contra a ditadura militar no Brasil e fico triste de ver meus ídolos fazendo defesa da censura."