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Finalizando 3 discos, Stevie Wonder faz 2 shows no país
Cantor e tecladista se apresenta em São Paulo no dia 14 de dezembro
Novos álbuns tratam de política e também de relacionamentos; um deles faz homenagem gospel à mãe do artista
Com mais de 30 hits no topo das paradas, 22 prêmios Grammy e 100 milhões de discos vendidos, Stevie Wonder não tem lá muito o que provar. Isso talvez explique por que ele não lança álbum desde "A Time to Love" (2005), sendo que o último antes deste havia saído dez anos antes.
"Não tenho a preocupação de lançar um disco por ano. Minha prioridade é a qualidade do que eu gravo. Sem contar que tenho outras responsabilidades, como os meus filhos", diz Wonder, 63, em entrevista à Folha.
Esse silêncio fonográfico, no entanto, deverá sofrer uma reviravolta. Depois de sua passagem pelo país, no Circuito Banco do Brasil (no qual se apresenta, no dia 7 de dezembro, em Brasília, e no dia 14 do mesmo mês, em São Paulo), ele pretende concluir não um, mas três discos.
"Tenho 25 canções gravadas, mais do que o suficiente para lançar dois álbuns", revela. O músico estima que o primeiro deve sair em fevereiro, mas não admite pressão. "Só vou lançar qualquer coisa quando estiver 100% satisfeito com o resultado."
Ambos estão sendo gravados com o produtor David Foster. Wonder diz que "Ten Billion Hearts" tem um teor mais politizado; "When the World Began" é inspirado em relacionamentos.
No ano passado, o cantor entrou com o pedido de divórcio de Kai Millard Morris, com quem era casado desde 2001. "No disco, eu vou além da desilusão afetiva e da união conjugal. Vou falar dos laços com pais, parceiros e filhos."
O que leva a seu terceiro projeto, "Gospel Inspired by Lula", uma coleção de canções gospel tradicionais, em homenagem à mãe, Lula Mae Hardaway, morta em 2006.
"Ao cantar essas músicas, sinto amor e liberdade. Dois fundamentos que a minha mãe me passou e que eu quero dividir com o mundo."