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Versão expressionista de 'Fausto', de Goethe, é destaque da coleção

Filme alemão, que vai às bancas em 17/11, mostra cientista que faz pacto com o diabo

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

"Fausto" foi uma revolução na arte dos efeitos especiais. Sem qualquer restrição orçamentária do estúdio, foram seis longos meses de rodagem. As cenas foram filmadas e refilmadas dezenas de vezes diante de duas câmeras simultâneas. Tudo foi registrado em (cara) película em plena década de 1920.

O clássico do diretor alemão F. W. Murnau (1888-1931) está no 15º volume da Coleção Folha Grandes Livros no Cinema, que vai às bancas no domingo, dia 17/11.

A lenda alemã, registrada, entre outros, por Goethe (1749-1832), é mais ou menos familiar a todos, tantas foram as vezes em que ela já foi adaptada para cinema, teatro, ópera, artes visuais, música e dança.

Em um breve resumo, o diabo Mefisto (ou Mefistóteles) deseja dominar o mundo e aposta com um anjo que pode corromper a alma de Fausto, um velho professor.

Mefisto lança uma peste sobre a Terra, e Fausto, incapaz de desvendar a cura, renuncia a Deus e à ciência e invoca a ajuda do diabo --que atende o chamado.

Na versão de Murnau, de 1926, Fausto é interpretado pelo sueco Gösta Ekman. Já quem faz o ardiloso Mefisto é o ator suíço Emil Jannings, vencedor do Oscar por outros filmes, enquanto Marguerite (ou Gretchen) é a novata Camilla Horn.

O filme é marcado pelo contraste entre luz e sombras, tão próprio do expressionismo alemão, que faz da película uma quase pintura. De fato, várias das cenas meticulosamente esculpidas pelo diretor parecem achar inspiração em pinturas e gravuras clássicas.

Cenas como a de Mefisto a estender sua longa capa sobre a cidade, lançando-lhe a peste, e outra em que Fausto e o príncipe das trevas sobrevoam torres, montanhas, rios e campos, são de uma beleza que não envelhece, mesmo passados quase 90 anos da sua realização.


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