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The Roots trata o hip-hop como uma tradição da música negra americana Titsec3

Banda que toca hoje em SP já gravou com Jay-Z e Elvis Costello

RONALDO EVANGELISTA COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

"O melhor jeito de sobrevivermos é estarmos preparados e abertos para ideias diferentes", comenta o baterista Questlove, líder da banda The Roots, que se apresenta hoje às 18h, no Planeta Terra.

Ele sabe o que diz. Se alguém provou estar aberto a ideias diferentes dentro do hip-hop foram os Roots.

Em 26 anos de existência, a banda investigou diversos estilos em seus mais de uma dúzia de discos e ainda gravou ao lado de músicos como Jay-Z, acompanhando-o em seu Acústico MTV, e Elvis Costello, com quem lançou um álbum em 2013.

"Se nos dedicássemos a uma coisa só, hip-hop e nada mais, hoje seríamos relíquias", ele explica.

"Você tem que mudar um pouco de tempos em tempos. Não precisa ser drástico, mas você tem que crescer. Rende uma história melhor."

Um dos grandes exercícios de mudança do grupo recentemente foi a participação no programa de Jimmy Fallon na TV norte-americana --há quase cinco anos são a banda do talk show, participando de esquetes e acompanhando os mais diversos artistas.

"Gosto de estar numa situação em que você é subestimado", diz Questlove. "É bom estar numa posição em que desafiamos nosso público. Tocar no programa de Fallon nos tornou melhores músicos, produtores, compositores. É o máximo de ensaio que já fizemos em nossa carreira."

Nascido na Filadélfia, o Roots se tornou uma das formações mais respeitadas do hip-hop trabalhando com criações originais e elementos ao vivo, ao invés dos samples", tão comuns no rap.

Se hoje é a norma os rimadores americanos formarem bandas para acompanhá-los em suas turnês, muito disso é influência dos Roots.

"A maioria dos artistas de hip-hop hoje usa bandas ao vivo", nota Questlove. "Eu dei uma mãozinha pra montar as bandas de Justin Timberlake, Jay-Z, Eminem, Mary J. Blige, Kanye, Drake, Lil Wayne. Eu diria que 60 ou 70% dessa turma de músicos veio da Filadélfia, então desenvolvemos um certo um senso de comunidade."

Menos samplers e toca-discos e mais piano, guitarra, baixo, bateria e vocais: o hip-hop como tradição da música negra americana.

"No começo o hip-hop era derivado de outros tipos de música. Hip-hop era jazz, era soul, era rock", observa o baterista. "Agora todas essas coisas se misturaram em um caldeirão. O hip-hop é uma coisa própria, em constante evolução."


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