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Óperas e grandes solistas animam temporada erudita de 2014 em SP

Agenda inclui a comemoração dos 60 anos da Osesp, com 33 programas, e concertos inéditos

Cultura Artística trará pela primeira vez a pianista Mitsuko Uchida, referência mundial em Mozart

JOÃO BATISTA NATALI COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

São Paulo terá um excelente 2014 em termos de óperas e músicas de concerto. Dará para preencher a agenda só com programas excepcionais. Serão os 60 anos da Osesp, com 33 programas e quase uma centena de récitas, e um Theatro Municipal redinamizado por John Neschling, com oito óperas. Há ainda as programações da Sociedade de Cultura Artística e do Mozarteum.

Mesmo assim, em termos de comparação, e só nas cenas líricas, somos ainda um "mercado" pequenininho. Em Paris, nos dois maiores teatros do Ministério da Cultura, são 19 óperas na temporada. Em Nova York, no The Metropolitan Museum of Art, são 31. Em Viena, só em novembro, seis produções e récitas diárias na Staatsoper.

Também neste mês, no Covent Garden, de Londres, acontecem cinco produções, e, nos três teatros de óperas de Berlim, são encenadas 16.

Mas a programação paulistana tem um alto grau de inserção nas tendências internacionais. A começar pelos solistas. A Cultura Artística trará pela primeira vez a pianista Mitsuko Uchida, japonesa naturalizada britânica e referência mundial em Mozart.

Também pela Cultura, o contratenor francês Philippe Jaroussky e, em outro programa, a Sinfônica da Rádio da Baviera, uma das dez de excelência mundial, regida pelo letão Mariss Jansons.

Chegam ainda pelo Mozarteum a soprano francesa Natalie Dessay, e, pela Cultura, o violinista francês Renaud Capuçon e a violoncelista argentina Sol Gabetta.

A Osesp entrou há 15 anos na disputa de solistas reconhecidos. Entre alguns nomes, trará o flautista suíço Emmanuel Pahud e o pianista russo Nikolai Lugansky, que participa de um ciclo dos quatro concertos para piano de Rachmaninov (1873-1943).

Ainda em termos de inserção, a orquestra participa do pool de quatro sinfônicas que encomendou ao compositor americano John Adams um "Concerto para Saxofone, Contralto e Orquestra".

Último exemplo de inserção: pela primeira vez pelo selo Decca, uma das referências em música de concerto, a Osesp gravará Villa-Lobos e Manuel de Falla. O solista será Nelson Freire, que completará 70 anos, sob a direção do jovem brasileiro Marcelo Lehninger, maestro associado à Sinfônica de Boston.

Aliás, Nelson Freire também está na programação da Cultura Artística e do Mozarteum.

ÓPERAS

Vejamos as óperas do Municipal, em programação ligeiramente modificada em relação à anunciada em junho.

Serão "Il Trovatore" e "Falstaff", ambas de Verdi, "Carmen", de Bizet, "Salomé", de Richard Strauss, "Cavalleria Rusticana", de Mascagni, e "Pagliacci", de Leoncavallo, que contam como uma só, por serem tradicionalmente encenadas na mesma récita, e, ainda, a belíssima "Tosca", de Puccini.

São óperas festejadas e tradicionais no repertório de qualquer grande cena lírica. O diferencial do Municipal vem com "Satyagraha", ópera em três atos de Philip Glass, com a Orquestra Experimental de Repertório, e a estreia de "Fome de Bola", do brasileiro Francis Hime, 74.

O Theatro São Pedro ainda não definiu a programação. Mas a ideia é ao menos produzir quatro espetáculos, entre eles "O Menino e a Liberdade", de Ronaldo Miranda.

Uma última novidade para a programação paulistana: pela primeira vez apresentam-se duas orquestras chinesas. Em junho, pela Cultura Artística, chegará a Sinfônica Nacional da China, com duas récitas na Sala São Paulo e outra ao ar livre, no Ibirapuera.

Em novembro, pelo Mozarteum, será a vez da Orquestra Sinfônica de Pequim, regida pelo maestro Tan Lihua.


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