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Biografias

Que Mário?

Falta contar a vida de Mário de Andrade, lacuna mais apontada em enquete com biógrafos; autor que pesquisa o modernista há sete anos pode publicar obra no exterior se a lei do país, em debate hoje no Supremo, não mudar

FABIO VICTOR EDITOR-ADJUNTO DA "ILUSTRADA"

Quais vidas brasileiras dariam um livro que ainda não foi escrito? Alguns dos principais biógrafos do país reunidos num festival encerrado no domingo em Fortaleza consideram que a de Mário de Andrade certamente daria.

O escritor modernista nascido em 1893 e morto em 1945 foi, entre 31 figuras públicas nacionais, o mais citado no levantamento como merecedor de uma biografia.

Quatro biógrafos (Ruy Castro, Lira Neto, Humberto Werneck e Paulo César de Araújo) mencionaram a lacuna quanto ao autor de "Macunaíma".

Logo atrás, com três citações, aparece o poeta Manuel Bandeira.

Há uma biografia de Mário a caminho. Diante do impasse quanto à lei que permite veto a biografias não autorizadas não se sabe se o trabalho, do jornalista Jason Tércio, será publicado. Hoje uma audiência pública no Supremo debate o tema.

Os herdeiros do escritor afirmam achar desnecessária uma biografia. O jornalista diz que pode publicá-la no exterior.

Pesquisadores comentam que a suposta homossexualidade de Mário de Andrade é o entrave ao aval da família. O sobrinho dele desconversa.


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