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33ª edição do Panorama da Arte Brasileira discute espaço do MAM

Mostra se divide entre o Ibirapuera e pontos no centro, até 15/12

FABIO CYPRIANO CRÍTICO DA FOLHA

Num futuro não muito distante, o Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM) pode vir a deixar de usar o improvisado espaço sob a marquise do Ibirapuera para ocupar outras áreas do parque. Ou voltar ao centro da cidade, perto de sua primeira sede.

O espaço físico do museu é o tema da 33ª edição do Panorama da Arte Brasileira, ou "P33: Formas Únicas da Continuidade do Espaço". Organizada por Lisette Lagnado, a mostra fica em cartaz até 15 de dezembro.

"Achei importante partir de uma questão, e ela passou a ser se o MAM deveria ou não ter uma nova sede", afirma Lagnado, que selecionou 32 artistas e arquitetos para a mostra. Ela cita como exemplo o escritório SPBR, que escolheu manter a sede no parque, criando "um museu suspenso".

O escritório, dirigido por Angelo Bucci, imaginou que a sede do museu poderia se transformar em um corredor pairando sobre o parque.

Para Bucci, no novo museu "o acervo permanente será Oscar Niemeyer e Burle Marx", referindo-se à visibilidade que os edifícios e os jardins do parque teriam a partir da sede que ele criou.

Já o escritório Grupo SP propõe o retorno ao centro, projeto denominado "MAM Difuso e Urbano". "Eles apresentam uma espécie de Inhotim urbano, onde os pavilhões seriam vários espaços próximos ao endereço original do MAM", diz a curadora.

Um desses quatro espaços é a galeria Nova Barão, próxima ao Theatro Municipal, para a qual a curadora previu uma obra da francesa Dominique Gonzalez-Foerster.

Concebida para o Panorama, a peça reinterpreta um posto de salvamento da orla carioca, criado pelo arquiteto Sergio Bernardes, em 1976. "É uma típica obra da Dominique, que cria um deslocamento; afinal, o posto deveria estar próximo ao mar."

Além das novas propostas, o Panorama exibirá projetos de museus modernos, a começar pelo espaço do MAM.

Na mostra, recupera-se o projeto da atual sede do MAM. O pavilhão de Lina Bo Bardi, alocado sob a marquise do Ibirapuera em 1959, como espaço temporário para a mostra "Bahia", tornou-se, em 1968, a casa do museu.

Pelo projeto, o museu não teria paredes no espaço interno, assim como deveria ser o Masp, e a entrada ficaria em frente ao pavilhão da Bienal.

É nas paredes laterais, originalmente azuis, que a curadora vai expor projetos históricos, como de Affonso Reidy para o MAM carioca e da própria Lina para o MAM da Bahia. Oscar Niemeyer foi incorporado, com outro projeto para o MAM paulista, de 1996, dentro de um plano diretor para o Ibirapuera.

O Panorama foi criado em 1969 para ajudar o MAM a reunir um acervo, já que suas obras tinham sido transferidas para a USP. Hoje, com 5 mil obras na reserva técnica, o museu não tem espaço para expô-las de forma permanente. A mostra aponta saídas para a exibição.


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