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Mostra com itens raros de Allan Poe é puro fetiche

Manuscritos do autor são exibidos em NY

MARCOS AUGUSTO GONÇALVES DE NOVA YORK

É um fetiche só a exposição de livros, cartas e manuscritos de Edgar Allan Poe, que está em cartaz na Morgan Library, em Nova York, até 26 de janeiro.

Em atmosfera intimista, a mostra apresenta uma centena de itens raros --de primeiras edições a obras inteiras redigidas pelo escritor.

A documentação também se desdobra para um círculo de renomados admirado- res --como Baudelaire, Dickens, Conan Doyle, T.S. Eliot, Vladimir Nabokov e Allen Ginsberg.

De Oscar Wilde, por exemplo, pode-se ver o manuscrito de "O Retrato de Dorian Gray" e ler a carta mandada a Stéphane Mallarmé, na qual agradece pelo envio da segunda edição de "O Corvo", traduzido pelo poeta francês. A cultuada edição de 1875, com litografias do pintor Édouard Manet, é um dos "hits"da exposição.

FLORES E CORVOS

Mallarmé tomou conhecimento de Poe por intermédio de Baudelaire, que já havia "descoberto" o autor americano para o mundo literário parisiense.

O poeta de "As Flores do Mal" encantou-se com os contos e poemas que leu poucos anos antes da morte de Poe --aos 40, em 1849. "Você sabe por que, com infinita paciência, eu traduzi Poe? Porque ele era como eu", explicou Baudelaire.

"Foi a primeira vez que abri um livro e descobri frases inteiras que eu havia imaginado escritas 20 anos antes."

Os dois nunca se encontraram pessoalmente, mas estão juntos nas raízes da modernidade literária.

Além de edições históricas de "O Corvo" (1845), a Morgan exibe raríssimos exemplares de "Tamerlane" (1827), o primeiro livro de poemas do escritor, que teve tiragem de apenas 50 cópias.

Entre as dezenas de manuscritos, chama a atenção o do conto "A Tale of The Ragged Mountains", de 1843: Poe colou as folhas de papel na vertical, produzindo um "rolo" --que funciona, na parede, como uma espécie de objeto literário.

NO CINEMA

A mostra, intitulada "Terror da Alma", também reúne escritos e documentos relativos à atividade crítica do escritor, que lhe deu notoriedade antes de seus êxitos literários.

O toque pop fica por conta do cartaz do filme "Histórias Extraordinárias", de 1968. São três episódios dirigidos por Federico Fellini, Louis Malle e Roger Vadim, e estrelados por Brigitte Bardot, Alain Delon, Jane Fonda e Terence Stamp.


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