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Teatro

Claudia Raia sapateia em novo musical

Em 'Crazy for You', a atriz interpreta 'caipirona masculinizada' ao lado do seu namorado, Jarbas Homem de Mello

Espetáculo, que estreia amanhã em SP, conta história de ricaço que tenta conquistar moça pobre do interior

GUSTAVO FIORATTI DE SÃO PAULO

Claudia Raia está feliz porque, enfim, conseguiu estrear um espetáculo com censura para maiores de dez anos.

Depois de interpretar uma prostituta em "Cabaret", que tinha classificação etária para maiores de 14 anos (ela jura de pé junto que era para 18), a atriz retorna ao teatro musical com "Crazy for You" e seu enredo do tipo "Sessão da Tarde", palavras dela. O espetáculo estreia para público amanhã, no Tomie Ohtake.

Com uma bolsa de gelo nas canelas, "obrigatória" após as extensas sessões de sapateado da peça, Claudia recebeu a Folha no hall de um prédio no Itaim Bibi, onde mora há seis meses com seu namorado, Jarbas Homem de Mello.

"As pessoas reclamavam porque [menores] não podiam assistir. Mas Cabaret' era puxado: homossexualidade, drogas, prostituição... É pesado, vai."

Com direção de José Possi Neto, a nova peça não tem tanta pimenta. Tem o personagem Bobby (Homem de Mello), um cantor tentando conquistar Polly (Claudia), moça que vive no interior. "Ela é uma caipirona masculinizada", define a atriz.

O pai de Polly é dono de um teatro falido, prestes a fechar as portas. Os de Bobby são ricaços que enviam o filho ao campo para cobrar do sujeito uma dívida. Desprecavido, Bobby se apaixona pela filha. O espetáculo estreou nos anos 1990 na Broadway.

As canções, assinadas pelo compositor americano George Gershwin, pertencem na verdade a um musical dos anos 1930, "Girl Crazy", depois adaptado para o cinema. "Crazy for You" modifica o enredo original e ganha força por uma nova coreografia de execução complexa.

LOUQUÍSSIMA

"Quando tentei juntar canto, sapateado, interpretação, pensei, pelo amor de Deus, me dá minha bolsa que eu vou embora", diz Claudia, explicando que as contagens são quase todas no contratempo. Coisas do jazz.

A sincronia dos intérpretes de fato é uma dificuldade superada pela peça. Exige do elenco, rouba a atenção.

Para escolher os parceiros de cena (26 intérpretes, entre atores, bailarinos e sapateadores), foram feitas audições com 2.500 artistas triados a partir de 4.000 inscritos.

Nos testes, apareceram figuras "lou-quís-si-mas", ressalta a atriz. "Para você ter uma ideia, uma mulher foi de scarpin vermelho, salto 12, e uma outra foi de Melissa. Para sapatear? Mas o que é isso, gente?", exclama. "Também foram mulheres peruas que faziam interpretações se jogando no chão, querendo mostrar performance."

Em fevereiro, o espetáculo muda de endereço e passa a ser apresentado no teatro Procópio Ferreira.


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