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Crítica ação

Narrativa de 'Linha de Frente' corre desleixada

Longa com roteiro de Sylvester Stallone explora antigos sucessos, mas filma desastrosamente cenas importantes

Stallone é inteligente; Mas isso só percebe quem vence certos preconceitos

SÉRGIO ALPENDRE COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

"Linha de Frente" tem roteiro de Sylvester Stallone. Muitos críticos torceriam o nariz para isso. No entanto, Stallone é inteligente, homem de cinema.

Mas isso só percebe quem vence certos preconceitos (os mesmos que destinam automaticamente quase tudo de Hollywood para a lixeira).

Mais grave, nesses casos: é um veículo para Jason Statham, um astro de ação igualmente subestimado. É certo que Statham não tem o talento de Stallone para personagens que retomam a narrativa americana da segunda chance ("Rocky "" Um Lutador", 1976) ou para se reinventar como brucutu envelhecido ("Os Mercenários", 2010), mas tem seu carisma.

A trama de "Linha de Frente" mostra certo potencial. Stallone explora inteligentemente ingredientes de antigos sucessos. Um ex-policial (Statham) passa a viver com sua filha em uma cidade aparentemente tranquila.

A partir de um incidente --a filha reage na base da porrada ao bullying que sofria na escola--, esse homem vê o passado retornar com força porque um dos trambiqueiros da cidade (James Franco), tio da criança agredida, reaviva um caso de condenação por tráfico de drogas.

Há um pouco de "Rambo "" Programado para Matar" (1982) na maneira como o herói é recebido na pequena cidade, terra de "rednecks". Podemos até enxergar, no xerife que inicialmente o oprime, o tenente obsessivo que persegue o ex-boina verde John Rambo.

Há outro tanto de "Falcão "" O Campeão dos Campeões" (1987), na relação do pai com a filha após a perda trágica da mulher e a necessidade de reconstruir sua família.

Por que o filme não decola? A resposta está na assinatura de Gary Fleder, diretor que tem em seu currículo a bomba "Coisas para se Fazer em Denver Quando Você Está Morto" (1995) e mais alguns longas medíocres para cinema, além de uma penca de telefilmes e episódios de séries televisivas.

O grande mal é que o diretor conduz a narrativa de maneira desleixada, filmando desastrosamente algumas cenas importantes e explorando a manjada confusão visual nas cenas em que o pau come solto.

LINHA DE FRENTE
DIREÇÃO Gary Fleder
PRODUÇÃO EUA, 2013
ONDE Cinépolis Largo 13 e circuito
CLASSIFICAÇÃO 16 anos
AVALIAÇÃO regular


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