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Crítica

Kubrick observa o espetáculo humano com frieza crítica

INÁCIO ARAUJO CRÍTICO DA FOLHA

Jacques Rivette considera "Laranja Mecânica" (TCM, 0h50) um filme indecente. E acha que Stanley Kubrick está mais para robô do que para ser humano.

Rivette sabe o que diz, mas talvez exista aqui algo de uma velha antipatia do pessoal da nouvelle vague.

Deve-se considerar, no entanto, a extrema frieza com que Kubrick observa o espetáculo humano.

Uma frieza, no entanto, crítica: existe ali uma descrença militante, digamos assim, no gênero humano.

Sim, os filmes de Kubrick são frequentemente abstrações, e "Laranja" é uma delas: a tolerância e a perversão, o sublime e o bárbaro, por exemplo, são antes de mais nada ideias que o filme organiza em imagens. É bem o oposto da nouvelle vague, mas não menos notável.


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