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Crítica

'O Homem que Quis Matar Hitler' fascina fã de cinema

INÁCIO ARAUJO CRÍTICO DA FOLHA

Desde o magnífico plano de abertura, em que a câmera desce na paisagem até captar pegadas de um homem, tudo em "O Homem que Quis Matar Hitler" (TC Cult, 20h05; 14 anos) fascina um fã de cinema.

A maneira como mostra um homem torturado (o caçador que, por esporte, arma uma situação em que poderia ter matado Hitler), sem mostrar um segundo de tortura, podia servir de lição a cineastas de hoje.

A forma como encadeia os planos, como consegue partir do detalhe para o quadro amplo, ou vice-versa, é até hoje inimitável. E, mais que tudo, o uso da luz, capaz de fazer um oficial adquirir o perfil de Hitler (um homem é, no caso, uma nação). O mal, o mal do humano, está lá por inteiro.


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