Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Ilustrada

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

'Osespinha' faz último concerto do ano

Orquestra Jovem do Estado se apresenta hoje em SP com regência de Cláudio Cruz e Antonio Meneses ao violoncelo

Grupo de músicos de até 26 anos é formado pelos alunos mais talentosos da escola estadual de música Tom Jobim

JOÃO BATISTA NATALI COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

A música de concerto tem algumas ilhas de excelência. Uma delas emergiu com a Orquestra Jovem do Estado, que faz a última apresentação do ano hoje, na Sala São Paulo. Com a regência de Cláudio Cruz, ela trará Antonio Meneses, ao violoncelo.

Hoje com 90 músicos de até 26 anos, o grupo já foi chamado de "Osespinha" e existe desde 1979. São os mais talentosos dos 1.600 alunos da Escola de Música do Estado de São Paulo Tom Jobim.

Fazem parte do programa desta tarde peças conhecidas, como as "Variações Sobre um Tema Rococó", de Tchaikóvsky (Meneses é o solista) e as aberturas de óperas ou operetas "A Flauta Mágica", de Mozart, "O Barbeiro de Sevilha", de Rossini, "Luíza Miller", de Verdi, e, de Johann Strauss 2º, "O Morcego" e "O Barão Cigano".

As orquestras jovens estouraram na mídia como se fossem uma exclusividade dos ótimos venezuelanos da Simon Bolívar.

Mas também são há anos exemplos no Brasil, como as sinfônicas de bolsistas do Festival de Campos do Jordão, algumas regidas por Cláudio Cruz, ex-spalla da Osesp que é hoje, provavelmente, o melhor violinista brasileiro.

O último salto qualitativo da Orquestra Jovem se deu em 2012, com sua ampliação em 30 músicos e a chegada do maestro Cláudio Cruz.

Paulo Zuben, diretor da Tom Jobim, diz que as bolsas para cada músico mais que dobraram --de R$ 460 para R$ 1.000-- e uma nova forma de trabalho levou a ensaios diários na semana que precede cada apresentação. Em 2013, foram 24, com dez programas diferentes.

A orquestra, que era um apêndice do conservatório estadual, que a administrava, tornou-se exclusiva para os alunos, que parecem estar agora mais motivados. Para o preenchimento de dez vagas recém-abertas, apresentaram-se 460 candidatos.

Ter pertencido ao conjunto é prestigioso para quem pretende se profissionalizar numa grande orquestra.

A história do spalla da Sinfônica Jovem, Lucas Bernardo da Silva, 18, é exemplar. Ele acaba de terminar o curso secundário numa escola pública da zona leste paulistana e está por um exame para ser aceito, em graduação, num conservatório holandês.

Lucas começou a estudar violino aos sete anos, na igreja evangélica que frequentava. Seu pai, empregado de uma transportadora, e sua mãe, dona de casa, não têm formação musical.

Entrou na Tom Jobim aos 11 anos e passou a trabalhar o repertório. Diz gostar de Bach e de Gabriel Fauré, embora, em outros momentos, consuma rap e rock, feitos por artistas "com uma intenção musical diferente".


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página