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Mostra revê cinco décadas de documentários musicais

Com 46 filmes até o dia 25, ciclo exibe raízes de filão cinematográfico que se destaca hoje na produção nacional

THALES DE MENEZES EDITOR-ASSISTENTE DA "ILUSTRADA"

A efervescência recente de documentários musicais brasileiros é tanta que praticamente estabeleceu esse subgênero no mercado. As lojas de discos de DVD e Blu-ray já dedicam fatias generosas de suas prateleiras a ele.

Tanta produção abre espaço para uma retrospectiva de peso. Começa hoje nos CCBBs de São Paulo e Rio uma mostra de documentários de música brasileira, a "Cine MPB".

O que mais atrai na programação é a inclusão de filmes antigos, mostrando as raízes de uma proposta que só agora fica mais encorpada.

Na lista de 26 longas e 20 curtas ou média-metragens, o título mais antigo é "Bethânia Bem de Perto", de 1966. Dois grandes cineastas então em ascensão, Eduardo Escorel e Julio Bressane, enfocam o dia a dia de Maria Bethânia depois de a cantora estourar no show "Opinião".

Outros grandes nomes estão em documentários dedicados individualmente a eles, como Jards Macalé, Tom Zé, Paulinho da Viola, Arnaldo Baptista e Raul Seixas (1945-1989). Mas é nos projetos que retratam movimentos musicais das décadas passadas que a mostra ganha relevância.

SAMBA MILITANTE

É o caso de "Partido Alto", de 1982, dirigido por Leon Hirszman (1937-1987). O diretor concebeu o filme ao lado de Paulinho da Viola em um filme militante, contra a padronização do samba pelo mercado fonográfico.

"The Big Boy Show" (2004), de Leandro Petersen e Claudio Dager, traça um retrato do locutor Big Boy (1943-1977), que revolucionou a linguagem musical do rádio brasileiro nos anos 1960 e 1970.

Antecipando toda uma cena que viria nas décadas seguintes, ele criou no Rio o Baile da Pesada, espécie de "avô" dos atuais encontros de funk.

Outro título que promete viagem ao passado é o novíssimo "A Farra do Circo", concluído no ano passado por Roberto Berliner e Pedro Bronz.

Com material registrado nos anos 1980, reúne imagens da geração de músicos do Rio que se apresentavam na casa de shows Circo Voador, local icônico para a geração chamada de BRock, como Barão Vermelho e Paralamas do Sucesso.


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