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Crítica drama

'Alabama Monroe' seduz com sexo, tristeza e ótima música

THALES DE MENEZES EDITOR-ASSISTENTE DA "ILUSTRADA"

Ao final de uma sessão de "Alabama Monroe", o espectador deixa o cinema certo de que acaba de ver um bom filme. Difícil mesmo é classificá-lo em algum gênero.

Dramalhão sobre doença, boas canções de música country, cenas de sexo bem quentes, momentos fofinhos. Tem tudo isso, bem misturado na edição, a ponto de causar estranheza ao pular de um clima para outro.

Resumindo muito, é a história de um casal que vive em área quase rural na Bélgica.

Ela, Elise, é tatuadora na cidade mais próxima, com o próprio corpo servindo de mostruário de seu trabalho.

Ele, Didier, é um fazendeiro hippie que canta e toca banjo numa banda de bluegrass --gênero "primo" do country, mas executado só com instrumentos de corda.

O filme começa quando sua filha única de seis anos inicia quimioterapia. Então a história segue em saltos temporais, indo e voltando no relacionamento dos dois.

Daí vem a gangorra emocional oferecida pelo diretor Felix van Groeningen.

Um belíssimo momento no palco da banda de Didier --na qual Elise assume os vocais-- pode ser seguido de uma cena triste da menina no hospital, de rasgar o coração, e depois o filme volta para o início de namoro do casal, com alta voltagem erótica.

Apesar dessas variações, um tanto incômodas, é fácil se envolver com a história. Ajuda o ótimo desempenho do par central.

A radiante Veerle Baetens derrete libidos na plateia. E Johan Heldenbergh, autor da peça que deu origem ao filme, vai bem no papel mais difícil, como o instável Didier.

Indicado ontem ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro, "Alabama Monroe" realmente seduz o espectador. Mas não é nada fácil.


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