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Obras sonoras

POEMA DAS HORAS
Na última Bienal do Mercosul, encerrada em novembro, em Porto Alegre, o argentino Nicolás Bacal apresentou sua obra, um longo poema, em português, sobre a sensação da passagem do tempo, por um número de telefone para o qual os visitantes da mostra podiam ligar de graça. "Vetor da Saudade" era lido pela mesma locutora que dá voz à hora oficial no Brasil desde os anos 1970 --hoje só disponível no site do Observatório Nacional (www.on.br). Bacal pediu que ela lesse seus versos no ritmo e cadência robótica com que gravou todas as horas e minutos do dia segundo o horário de Brasília.

SECRETÁRIA ELETRÔNICA
Mensagens deixadas na secretária eletrônica por uma mulher desesperada a um marido que não atende acabaram virando enredo e trilha sonora de um curta-metragem do cineasta argentino Javier Rodríguez. Ele usou a fita comprada num mercado de pulgas em Buenos Aires para sonorizar o curta "Ni Una Sola Palabra de Amor", visto mais de 1 milhão de vezes no YouTube. Nele, uma atriz encarna María Teresa, que liga enlouquecida para Enrique, seu marido. Com o sucesso do curta, acabaram sendo descobertos os donos das vozes originais, que viraram celebridades na Argentina.

ONDAS ONÍRICAS
Maxwell Hawkins, um jovem artista norte-americano, inventou uma máquina inspirada na ideia de gravar sonhos. Uma vez por semana, um discador automático conecta dois desconhecidos pelo telefone para que contem sobre o sonho que estavam tendo na hora em que foram acordados. No total, 3.700 pessoas nos EUA e no Canadá já se cadastraram para fazer parte do experimento. As mais de 300 horas de gravação acumuladas vão virar um programa de rádio sobre sonhos de temas específicos, que Hawkins pretende lançar no primeiro semestre deste ano.

MASSA SONORA
Numa parceria com uma empresa de telefonia, Lourival Cuquinha instalou nas ruas de Belém e do Recife orelhões que faziam ligações de graça para qualquer lugar do mundo. Mas impôs a condição de que gravaria todas as conversas para usar numa obra de arte. Ele conta que transformou as conversas numa "massa sonora", já que aplicava efeitos aos diálogos. "É um comentário sobre como o mundo da rede oferece vantagens, mas nada é gratuito", diz Cuquinha, que vai repetir o projeto este ano em Ribeirão Preto (SP). "É de graça, mas [na rede] podem fazer o que quiserem com a informação."


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