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Televisão

Bonnie e Clyde voltam ao crime na TV

Minissérie do History Channel se baseia na vida do casal famoso por assaltos nos Estados Unidos dos anos 1930

Morte da dupla faz 80 anos em maio; policial responsável por caçá-los é vivido por William Hurt e ganha destaque

VITOR MORENO EDITOR-ASSISTENTE DO "F5"

Bonnie Parker e Clyde Barrow tocaram o terror nos Estados Unidos dos anos 1930. Eles assaltaram bancos, roubaram comerciantes e, eventualmente, mataram quem atravessasse o caminho da dupla. A saga real do casal criminoso serve de base para "Bonnie & Clyde", minissérie que estreia hoje no Brasil.

Na produção, dirigida por Bruce Beresford ("Conduzindo Miss Daisy"), Clyde (Emile Hirsch) é apresentado como um rapaz de infância pobre, que começou como um ladrão de galinhas. Já Bonnie (Holliday Grainger) é retratada como uma atriz frustrada que vê no crime uma forma de fugir da vida sem graça a que parecia estar destinada.

"Como naquela época passavam boletins policiais antes dos filmes no cinema, era quase como ter um reality show na TV", comparou Holliday Grainger em conversa dos atores com a imprensa, da qual a Folha participou.

A personagem, ao contrário do que o machismo da época fazia supor, não é influenciada pelo parceiro. "Quando li o roteiro, percebi que ela era a força motriz do casal", afirmou. "É maravilhoso ler um roteiro no qual a mulher é quem conduz."

"Bonnie é muito ambiciosa e boa em alcançar seus objetivos, além de carregar um aspecto de insurreição contra o establishment", analisou. "São aspectos dela que acho inspiradores."

A atriz contou que, durante sua pesquisa, leu cartas, diários e uma biografia escrita pela mãe de Bonnie (na trama, vivida por Holly Hunter), mas não quis assistir a outras versões da personagem.

"Eu vi o filme com a Faye Dunaway [Bonnie e Clyde - Uma Rajada de Balas', de 1967] quando criança, mas preferi me manter fiel ao roteiro", disse. "A performance dela é maravilhosa, mas a minha é bem diferente."

Embora o final da minissérie seja conhecido --a morte da dupla completa 80 anos em maio--, um personagem importante para o desfecho ganhou contornos mais palpáveis na nova versão da história: o policial aposentado Frank Hamer, que volta à ativa para caçar o casal.

"Eu penso nele como herói", disse o intérprete, William Hurt. Ele usou o episódio em que foi feito refém no Brasil (na época das filmagens de "O Beijo da Mulher Aranha", de 1985) para ilustrar como a depressão econômica pode ter levado Bonnie e Clyde à criminalidade.

"Ali percebi que todos os envolvidos estavam, de alguma forma, presos em uma situação extremamente difícil. Quem não conhece a pobreza de verdade não entende."


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