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Gianecchini revive doença no horário nobre

Personagem interpretado pelo ator, que fez tratamento contra um linfoma, sofrerá com problema de saúde grave

Na novela 'Em Família', ele vive Cadu, que passa por crise quando vê a mulher se apaixonar por uma fotógrafa

ISABELLE MOREIRA LIMA DE SÃO PAULO

Quase três anos após receber o diagnóstico de um câncer, Reynaldo Gianecchini, 41, revive a experiência na televisão. Na nova novela das 21h da Globo, "Em Família", o ator vive Cadu, que descobrirá ter uma grave doença.

O autor Manoel Carlos chegou a consultar o ator sobre a trama. "Tem gente que não gosta de falar, de reviver o momento da doença. É facilmente compreensível. Mas eu não tenho problema de me deparar com esses momentos de novo. Foi triste, mas eu levei de uma forma light', com a cabeça boa", afirma.

A doença do personagem ainda não foi revelada pelo autor. Gianecchini diz não ter ideia do que esperar. Na vida real, foi diagnosticado com um linfoma do tipo não Hodgkin --um tumor que atinge os gânglios linfáticos. Fez quimioterapia e passou por um autotransplante de medula óssea em janeiro de 2012.

Em março daquele mesmo ano, estava de volta aos palcos em São Paulo, e em agosto, estrelava um remake da comédia "Guerra dos Sexos".

O ator afirma que ter passado pela doença deve ter impacto em sua forma de atuar.

"Me amadureceu em todos os sentidos, inclusive como ator. Toda vez que nós atores estamos em cena acessamos nossas experiências", diz.

Se na vida real o ator diz curtir a vida de solteiro, na novela das 21h o personagem Cadu estará em uma encruzilhada dramatúrgica: além do drama de saúde, sofrerá com um triângulo amoroso.

Como na primeira novela da carreira, também de Manoel Carlos, "Laços de Família" (2000), em que se viu entre mãe e filha, seu personagem agora vê a mulher, Clara, vivida por Giovanna Antonelli, envolver-se com a fotógrafa Marina, interpretada por Tainá Müller.

"Essa questão é mais dela [da personagem Clara], é ela quem vai ficar dividida entre dois amores. Acho que é uma coisa bonita de se mostrar: dois amores diferentes e possíveis. Para ele [Cadu], vai ser bem estranho, um baque."

Ainda no início das gravações, Gianecchini diz que não tem total intimidade com seu personagem, mas já reconhece que são personalidades distintas, a real a e fictícia: enquanto o ator diz ser disciplinado, o personagem, desempregado e dependente da mulher, leva a vida na flauta.

"Sou mais responsável. Ele é muito solto, não tem grandes questionamentos. É um bon vivant'."

HOMENAGEM

"Em Família" foi anunciada como um tributo de Manoel Carlos a Lílian Lemmertz (1937-1986), sua primeira Helena, em "Baila Comigo" (1981), e mãe de Julia Lemmertz, a protagonista atual.

No entanto, Gianecchini vê o folhetim como uma homenagem ao autor. "É a sua última novela. Há um monte de emoção misturada aí."

Segundo ele, voltar a interpretar o estilo "cheio de intimidade" do autor mais de uma década depois de sua estreia significa fechar um ciclo. "O texto dele [Manoel Carlos] é muito particular. É simples e próximo, o que o torna muito difícil. Se você exagera, destoa."

Gianecchini reconhece que, em tempos de tramas cheias de reviravoltas como "Avenida Brasil" (2011) e "Amor à Vida", os folhetins focados em cenas triviais e familiares como os de Manoel Carlos são um desafio.

"A tendência é esse ritmo acelerado ser cada vez pior. Por outro lado, o Manoel Carlos sempre conquistou todo mundo. Ele vai devagar e pega as pessoas. É um diferencial dele."


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