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Imitando adultos, Temple estreou em série burlesca

DE SÃO PAULO

Ela rebola de roupa curta e flerta num bar. Uma bola de sorvete escorrega por dentro da roupa. Ela rebola mais.

A cena está no curta "War Babies" (1932), segunda participação de Shirley Temple no cinema e uma paródia de "Sangue por Glória" (1926).

A estreia de Temple, em outro curta de 1932, "Runt Page", ocorrera no mesmo estilo: bebês macaqueando adultos numa ambiente com jogos, tiros e briga por mulher.

Os dois filmetes são da série "Baby Burlesks", produzida entre 1932 e 1933 pelo estúdio Educational Pictures.

Nela, crianças muito pequenas paramentadas com fraldas e alfinetes gigantescos emulavam o mundo algo decaído dos adultos de maneira grotesca. Foram oito episódios, todos com Shirley Temple, em que os temas variavam do mundo do boxe a uma aventura na África --num tom que hoje em dia soa pelo menos inadequado.

"Você vai me ajudar a civilizar esses canibais terríveis", diz Temple ao tipo inspirado em Tarzan que a salva de dentro de um caldeirão em "Kid in' Africa" (1933).

Em outra produção, "Polly Tix in Washington", também de 1933, ela é uma prostituta paga para seduzir um político: "Sou cara", avisa.

Sobre os filmes, Temple comentou em sua autobiografia, de 1988: "Eram por vezes racistas ou sexistas e uma exploração cínica da nossa inocência infantil".


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