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Crítica - Ação

Continuação violenta de '300' perde feio para primeiro filme

AS IMAGENS DE SANGUE JORRANDO EM CÂMERA LENTA (E 3D) A CADA GOLPE DE ESPADA SÃO TANTAS QUE ENTEDIAM

DO EDITOR-ASSISTENTE DA "ILUSTRADA"

Muitos gostaram de "300" (2006), inovadora adaptação para as telas dos quadrinhos de Frank Miller. Muito do que o filme tinha de bom se repete agora na sequência "300 - A Ascensão do Império". Mas o resultado perde feio na comparação com o original.

Acima de tudo, a grande sacada do primeiro filme era reproduzir textura, cores e sensação de profundidade dos desenhos de Miller.

Ele usou um fiapo de história, a batalha perdida de 300 espartanos contra milhares de persas comandados por um temido "deus-rei", Xerxes.

A continuação se passa antes, durante e depois dessa batalha. Enquanto os espartanos vendem caro a derrota diante de Xerxes, guerreiros atenienses travam combate contra a esquadra persa comandada por Artemísia.

Xerxes é novamente interpretado por Rodrigo Santoro, e o brasileiro tem o bônus de aparecer no filme com sua aparência normal, antes da transformação no calvo e malhado deus. Com voz e corpo alterados por computador, cumpre bem seu papel.

A guerreira Artemísia é a grande novidade da sequência. E, como sempre, a francesa Eva Green é uma presença solar na tela, mesmo em um filme sombrio como esse.

Os problemas começam com o canastrão australiano Sullivan Stapleton como o ateniense Temístocles, que comanda as ações contra a invasão persa. Ele fica devendo carisma ao escocês Gerard Butler, ator principal de "300".

Mas o maior deslize é a troca de diretores. Zack Snyder (de "Watchmen") agora é só produtor, passando a direção para Noam Murro. E, como diz o nome, ele parece só entender mesmo de violência.

O segundo "300" é só pancadaria. As cenas entre batalhas são arrastadas e com diálogos pomposos, pertinentes em balões de HQ mas forçados demais para o cinema.

As imagens de sangue jorrando em câmera lenta (e 3D) a cada golpe de espada são tantas que entediam --são mais de 40 só em cinco minutos da primeira luta do filme.

Assim, "300 - A Ascensão do Império" se transforma em um produto para moleques que têm o gibi em casa. Para fãs de cinema, a novidade ficou no filme original.


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