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Temporada de caça

Cauã Reymond protagoniza 'O Caçador', série policial à brasileira sobre criminosos internacionais

ISABELLE MOREIRA LIMA DE SÃO PAULO

Sabe aquela história de mafioso que foge para o Rio e abre uma pizzaria? Esse é o tipo de caso que será desvendado pelo personagem de Cauã Reymond em "O Caçador", seriado policial da Globo que estreia em abril.

Depois de fazer sucesso vivendo um conquistador e pegando todas (Ísis Valverde, Patricia Pillar e Dira Paes) em "Amores Roubados", o ator vive um ex-policial que vira caçador de recompensas.

"Está mais para um thriller", explica Cauã. Segundo diz, o personagem não tem nada a ver com ele.

"A principal característica do André é o talento investigativo, a frieza e a paciência, por passar um longo tempo na prisão por um crime que não cometeu", adianta.

André é um agente promissor da divisão antissequestro que se vê traído e acusado de um crime que não cometeu. Vai preso e se reinventa.

Como complicador, tem um romance mal resolvido com a cunhada, Kátia, interpretada por Cléo Pires. O irmão do personagem, Alexandre, é seu maior antagonista.

O seriado foi escrito por Marçal Aquino e Fernando Bonassi. A direção é de José Alvarenga Jr. e Heitor Dhalia.

"O Caçador" é parte da nova leva de produções da Globo que pretende repetir certa "qualidade cinematográfica", com fotografia apurada, roteiro mais próximo de produções americanas que de novelas e atores do time A.

Foi o caso de "Amores Roubados", que encantou público e conquistou a crítica, e de "A Teia", em exibição, que não atingiu o mesmo êxito.

"É um policial à brasileira.Tem a coisa do velho e bom drama", afirma Aquino sobre o seriado de 14 episódios que, a cada semana, conta uma história pontual. Uma trama maior liga toda a temporada.

Os roteiristas preferem classificar "O Caçador" como drama criminal. Mas é difícil não incluir o projeto no grupo das séries policiais.

CHEGA DE FAVELA

Segundo os roteiristas, a emissora pediu um policial contemporâneo, que se passasse no Rio. "Eu e o Bonassi queríamos dar as costas para a favela. Achamos que o cinema estava batendo muito nisso. Fomos atrás do crime no asfalto, em Copacabana e no subúrbio", diz Aquino.

O curioso é que a tarefa tenha sido dada a dois paulistas: Aquino é de Amparo, interior de São Paulo; Bonassi, paulistano da Mooca.

"Não tive nenhuma dificuldade. O Rio é tão desvendável, faz questão de exibir as mazelas", afirma Aquino.

O material de referência para o texto foi a vivência dele como repórter policial e a de Bonassi com detentos (ele ele adaptou o livro de Drauzio Varella "Estação Carandiru" para o cinema).

Fã de "House of Cards", Bonassi diz que há espaço para política em "O Caçador". "Temos um episódio sobre nazistas no Brasil e outro sobre a ditadura militar", afirma. Mas nada como a corrupção explícita da série "House of Cards", lamenta.

"Adoraríamos se houvesse essa coragem no Brasil. Só que seria proibido em todas as emissoras", provoca Fernando Bonassi.


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