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Jornalista relembra sua paixão impossível

Em 'Procurando Mônica', José Trajano narra as peripécias de uma história de amor iniciada há mais de 50 anos

Livro combina as memórias do autor com fantasias imaginadas a respeito do paradeiro de sua musa adolescente

MARCO RODRIGO ALMEIDA DE SÃO PAULO

O maior caso de amor de Rio das Flores mais parece coisa de cinema. Há um mocinho apaixonado, uma donzela quase inatingível, oponentes perigosos, percalços sem fim. Não falta nem mesmo a mão sorrateira do destino para afastar o casal por décadas e décadas.

Mas o caso é real, o mocinho é o jornalista José Trajano e a história está contada, com detalhes saborosos, no livro "Procurando Mônica".

Era em Rio das Flores, cidade do interior do Rio, que os pais de Trajano passavam as férias. Foi lá, num baile de Carnaval de 1963, que ele conheceu a musa de sua história. E perdeu a cabeça.

Trajano tinha 17 anos; Mônica, uns 13. Morena alta de cabelos castanhos, era verdadeira miragem em pleno Clube Recreativo 17 de Março.

A partir daí, Trajano tinha um único objetivo quando estava em Rio das Flores, onde Mônica também ia nas férias: conquistar qualquer migalha de atenção da garota. Um simples "oi" afetuoso já seria mais comemorado que uma goleada do América, outra das obsessões de Trajano. Mas a garota era linha-dura.

"Como eu sofria. Os amigos até me diziam, desista, ela não quer nada com você'. Mas não teve jeito, me apaixonei loucamente por ela", conta Trajano, 67, em seu apartamento em São Paulo.

No final de 1967, soube que Mônica passaria dois meses em uma cruzeiro pela Europa. Trajano não titubeou: pegou empréstimo no banco, conseguiu folga no "Jornal do Brasil" e comprou sua passagem.

Parecia finalmente chegada sua hora, mas Trajano afundou rápido --apareceu na história Cadu, rival que conquistou Mônica.

Depois do desembarque, Trajano perdeu a garota de vista. Ele tornou-se um dos principais comentaristas esportivos do país, foi casado duas vezes, teve filhos. Hoje apresenta o programa "Linha de Passe" (ESPN).

O grande caso de amor de Rio das Flores virou uma história divertida contada milhares de vezes nas últimas décadas. No ano passado, Trajano resolveu que era hora de registrá-la em livro também.

E foi aí, quando nem mesmo ele imaginava, que essa história ganhou mais um capítulo. Com o livro quase concluído, descobriu uma pista do paradeiro de Mônica.

Será, enfim, o final feliz tão aguardado? Para saber, é preciso chegar às últimas linhas do livro. De toda forma, escrever trouxe alento ao jornalista.

"Mais do que a Mônica real, retrato a Mônica que fantasiei por todos esses anos. Fiquei muito feliz em reviver essas histórias. É como se tivesse, finalmente, concluído um ciclo."


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