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Gato de Botas protagoniza volume da Coleção Folha
Felino já foi retratado em balés e no cinema
Esperto, sagaz, determinado, fiel. Interesseiro, mentiroso, manipulador, ardiloso. Virtudes e vícios convivem em "O Gato de Botas", protagonista do livro-CD da Coleção Folha que vai às bancas no domingo (dia 30).
Na história, o animal é a herança que recebe o terceiro filho de um finado, após o primogênito herdar um moinho e o segundo um burro.
Desolado pela pouca sorte, o jovem é surpreendido pela sagacidade do animal. Em troca de roupas elegantes e um par de botas, o felino falante sai em busca de um bom casamento para o dono.
Dono que, no papo lançado pelo gato ao rei da região, seria o "Marquês de Carabás". Mentira, claro, mas o gato faz com que ela cole e casa o pobretão com a princesa.
O conto foi registrado pela primeira vez na Itália (século 16), mas foi a versão de Charles Perrault (1628-1703) que ganhou espaço na cultura ocidental. A partir dos escritos do francês, o gato apareceu no balé "A Bela Adormecida", de Tchaikovsky, em curtas da Disney e em longas da DreamWorks, dublado por Antonio Banderas.
No Brasil, uma versão curiosa saiu em 1990, com direção de Wilson Rodrigues, egresso das pornochanchadas. O bem comportado "O Gato de Botas Extraterrestre" teve Mauricio Mattar, Flávia Monteiro, Tônia Carrero, Tony Tornado, Zezé Motta e Zé do Caixão. O papel do gato coube ao ator Heitor Gaiotti, de dezenas de chanchadas.