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Show do Metallica vira Criança Esperança do rock

Interatividade com fãs, que elegeram repertório, dominou noite no Morumbi

BENTO ARAUJO COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

O vocalista e guitarrista James Hetfield brincou com a plateia a maior parte do tempo no show do Metallica no último sábado, no Morumbi.

Ele manteve o mesmo astral ao falar com a Folha, principalmente porque o assunto foi a música que a banda americana estreou na América do Sul. O Metallica, que não pisava em um palco paulistano havia quatro anos, tocou a inédita, longa e pesada "Lords of Summer".

"É assustador ver que nosso baixista precisou usar uma palheta para tocá-la, mesmo sabendo que seus dedos são sempre muito rápidos", disse Hetfiled, sobre a performance de Robert Trujillo.

Há seis anos a banda não lança um disco, mas Hetfiled não revela nada do novo álbum. "Talvez tenha Lords of Summer', talvez não. O que importa é que essa música é uma celebração ao verão."

O Metallica chegou a São Paulo celebrando o verão, mas foi recebido com uma tradicional noite paulistana, quase fria, de outono. A chuva fez parte do espetáculo. Quando os integrantes do grupo surgiram no palco, já estavam encharcados.

A apresentação começou com três clássicos do thrash metal: "Battery", "Master of Puppets" e "Welcome Home (Sanitarium)", mas foi com as pesadas "Fuel", "For Whom the Bell Tolls", "Creeping Death", ""¦And Justice for All" e "Seek and Destroy" que a banda se saiu melhor.

O novo show, "Metallica by Request", tem seu repertório escolhido pelos fãs. Isso é bom por um lado, porque gera uma interatividade com o público, mas é ruim pelo fato de criar um "set list" burocrático, sem surpresas.

A exceção foi "Whiskey In The Jar", de Thin Lizzy, raramente executada pela banda.

Além de escolher as músicas, alguns fãs puderam subir ao palco para anunciá-las.

Com toda essa ladainha para agradar seus seguidores, a banda acabou minando a apresentação, que quase se transforma numa Criança Esperança do metal, com todos enviando votos alucinadamente pelo celular.

Outro tema recorrente na atual órbita do conjunto é o o filme "Through The Never", um fiasco cinematográfico autoindulgente que gerou prejuízo de milhões de dólares. "Colocamos muito tempo e dinheiro no projeto", conta Hetfield. "Sinceramente, não sei o que deu errado."


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