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Análise

Obra antecipou os objetivos do Holocausto

RICARDO BONALUME NETO DE SÃO PAULO

Fora da Alemanha, ninguém levou muito a sério o livro de um radical nacionalista austríaco que tinha servido no exército alemão durante a Primeira Guerra (1914-1918) e tinha ficado arrasado com a derrota germânica.

Adolf Hitler (1889-1945), afinal, tentara dar um golpe de Estado local a partir de uma cervejaria em Munique, em 1923. Portanto, os dois volumes de "Mein Kampf" publicados em 1925 e 1926 pouco impacto mundial tiveram.

O livro só começou a ser mais conhecido depois que o exótico personagem chegou ao poder na Alemanha, em 1933. De repente, aquelas elucubrações alucinadas poderiam fazer mais sentido.

Estava tudo lá: o ódio intenso aos eslavos, especialmente aos russos, e aos judeus, acusados de fazerem parte de conspirações internacionais tanto capitalistas quanto comunistas.

E os russos e muitos dos outros dos soviéticos, além de comunistas eram eslavos, ou pior, asiáticos.

Fora os germânicos e "assemelhados" (noruegueses, suecos, holandeses), o resto era escória para Hitler.

Torcendo o nariz, Hitler se aliou aos "racialmente inferiores" japoneses e italianos. Em 1939, fez um pacto cínico de não agressão com a então União Soviética para ter as mãos livres nas primeiras conquistas.

Mas as páginas do livro eram claras: o objetivo final era exterminar os judeus e conquistar "espaço vital" ("Lebensraum") para os germânicos no leste europeu. O resultado foi a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), a pior e maior da história humana.


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