Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria
Portugueses exibem dança 'globalizada' e experimental
Quatro grupos contemporâneos se apresentam nesta semana em SP
Programação inclui dois workshops, um grande espetáculo com elenco internacional e coreografias interativas
Apesar de toda a conversa sobre "países irmãos", o trabalho dos novos coreógrafos de Portugal é pouco conhecido no Brasil.
Esta semana é uma oportunidade para saber o que está sendo feito naquele país: quatro representantes da dança contemporânea portuguesa estão se apresentando em São Paulo.
Hoje, a Vortice Dance Company, de Rafael Carriço e Claudia Martins, faz uma apresentação de "Dracula", adaptação livre da história do vampiro influenciada pelo filme "Drácula de Bram Stoker", de Francis Ford Coppola, e com trilha sonora que vai de Rachmaninov a Lou Reed.
O cinema é a grande influência da companhia, criada em 2001. Carriço conta que, junto com o impacto visual típico dos espetáculos, a companhia se destaca por sua pegada "globalizada".
Além das turnês, a Vortice faz coproduções com outros países --"Dracula" foi criado com o balé da Ópera da Macedônia. E o próprio elenco é internacional. "Temos bailarinos da Espanha, da Romênia, da Ucrânia e da Finlândia", diz Carriço.
Com estrutura bem menor, os coreógrafos da mostra Novíssimos Portugueses, que vai até domingo, no Sesc Belenzinho, representam a vertente mais experimental da dança em Portugal hoje.
O curador Alberto Magno, diretor da Fábrica de Movimentos, na cidade do Porto, escolheu obras que mostram as linhas de pesquisa atuais.
"So Far", de Elisabete Magalhães, parte de uma base mais técnica; "What's the Color...", de Vera Mota, é influenciada pelas artes visuais; e "Casca d'Ovos", de Lander Patrick, explora a interatividade com o público e a descoberta de novas possibilidades do movimento.
Para os interessados em conhecer no próprio corpo a nova dança portuguesa, Lander dará workshops hoje e amanhã, no Sesc.
