Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Ilustrada

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

Gravadoras relançam clássicos de Vinicius e John Coltrane em vinil

Americana Blue Note reedita cem discos e brasileira Elenco ganha caixa com 5 álbuns

RAMIRO ZWETSCH COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Se você por acaso ainda não tem uma vitrola funcionando em casa, está na hora de providenciá-la.

Duas das gravadoras de maior prestígio da história da música, a norte-americana Blue Note e a brasileira Elenco, acabam de ter alguns dos seus principais títulos relançados no formato vinil.

A Blue Note comemora 75 anos com nada menos do que cem títulos do seu catálogo ressurgindo no formato, que está numa retomada crescente. Serão cinco por mês, a partir deste até outubro de 2015.

No caso da Elenco, fundada em 1963, são cinco discos em uma caixa produzida pela fábrica carioca Polysom: "Vinicius & Odete Lara", "Caymmi Visita Tom", "Vinicius / Caymmi no Zum Zum", "Nara" e "Bossa Nova York", com o Sérgio Mendes Trio (veja quadro ao lado).

A primeira leva do pacote jazzístico traz "Blue Train" (John Coltrane), "Free For All" (Art Blakey & The Jazz Messengers), "Out To Lunch" (Eric Dolphy), "Speak No Evil" (Wayne Shorter) e "Unity" (Larry Young).

"A boa notícia é que, após as primeiras cem reedições, pretendemos continuar até lançar tudo. Logo, se seu disco favorito foi excluído da primeira centena, não se desespere: ele provavelmente virá nas próximas reedições", diz Don Was, o presidente da Blue Note, em entrevista à Folha.

O mesmo não deve ocorrer com os discos nacionais. João Augusto, dono da Polysom, não planeja dar continuidade aos relançamentos da Elenco.

"A função principal da Polysom é fabricar discos. Esse tipo de licenciamento foi a forma encontrada pra esquentar o mercado com mais rapidez."

E esquentou: a fábrica reabriu em 2009 após passar dois anos fechada e saltou de 36 mil cópias vendidas em 2012 para 59 mil no ano passado --um aumento de 64%.

Os dois executivos justificam a aposta no vinil. "A experiência de sentar em torno de uma vitrola é um ritual similar ao de sentar em torno de uma fogueira para contar histórias", explica Don Was.

"Rola uma experiência tríplice que diferencia o vinil de tudo: a visual, por causa das capas de 30 x 30 centímetros; a tátil, pela experiência de manusear o LP; e a auditiva, que é a qualidade do som", completa João Augusto.

No caso dessas gravadoras, o aspecto gráfico chama atenção por combinar com maestria fotografia e design.

A caixa de discos da Elenco custa R$ 349 (lojapolysom.com). Já os vinis da Blue Note podem ser comprados, em separado, por US$ 21 (R$ 48,50) na Amazon (amazon.com).


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página