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Moda

SPFW aposta em estilistas mais jovens para superar marasmo

Grifes estreantes, comandadas por designers abaixo dos 40, concentram-se mais na roupa e menos no conceito

Apelo comercial e até 'roupas de periguetes' marcam mudanças na programação da semana de moda de SP

PEDRO DINIZ COLUNISTA DA FOLHA

Principal semana de moda do país, a São Paulo Fashion Week responde ao marasmo criativo dos estilistas mais antigos de sua programação, dando oportunidade para jovens designers, todos com menos de 40 anos.

Nesta edição de verão 2015, que começa hoje, quatro marcas estreiam focadas em abrir os olhos dos fashionistas para as roupas --e não para produções conceituais--, com uma ampla pesquisa de tecidos e forte apelo comercial.

A grande promessa é Wagner Kallieno, 29, que, com sua marca homônima, já vestiu da cantora Rihanna a socialites de cidades litorâneas, onde encontra sua maior clientela.

Espécie de novo Pedro Lourenço --além de jovens, os dois estilistas têm em comum o comprometimento com construções que valorizam o corpo da mulher e potencial de internacionalização--, o potiguar chega à SPFW com muita seda, couro, linho e aplicações de metal no fio.

Os bordados foram feitos na cidade de Caicó, no Rio Grande do Norte, mesmo lugar onde são produzidos os adornos das roupas do papa.

"Minha roupa é sexy e, ao contrário da maioria dos designers, não tenho medo de ser tachado de estilista de periguete, porque isso é bom. Toda mulher gosta de mostrar o corpo", diz Kallieno.

Entre as clientes mais assíduas, a apresentadora Sabrina Sato é a que mais dá "dor de cabeça". "Quando ela usa uma roupa, paro a fábrica para fazer várias iguais. Vende como água", conta o estilista.

Por contrato, ele ficará pelo menos mais duas temporadas no calendário da SPFW.

Já Lilly Sarti é uma das grifes mais consolidadas entre a alta sociedade paulistana.

O misto de vestidos para festas e estética casual da marca das irmãs Lilly, 27, e Renata Sarti, 29, fez tanto sucesso que, em oito anos no mercado, já contabiliza 60 pontos de venda no país.

Apesar do viés comercial que caracteriza o trabalho das irmãs, elas preparam um "compilado de informações que, na passarela, contará uma história". "As referências ao índio brasileiro, aos apaches e os tons áridos, comuns à marca, estarão na passarela com muito couro e seda, que são o forte da grife", afirma a designer Lilly Sarti.

Além das duas marcas, a estilista Giuliana Romanno, 39, e Lolita Zurita Hannud, 27, também debutam na semana de moda paulistana.

A primeira, cuja marca leva seu nome, mostra coleção com estampas da artista plástica Carla Chaim e joias de Flávia Madeira. Já a grife Lolitta vai exibir coleção com detalhes da indumentária festiva espanhola. Ao que parece, as mudanças no sistema da moda não se resumem apenas ao fim da temporada de inverno no Fashion Rio, como anunciou ontem à Folha Paulo Borges, diretor da SPFW.


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