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Convocação para abrir o dia é tocar para ninguém

THALES DE MENEZES EDITOR-ASSISTENTE DA "ILUSTRADA"

Ser convidado para tocar em um grande festival de música é, a princípio, um ótimo negócio. Mas, às vezes, há frustração.

Para bandas emergentes --aqui essa palavra pode ser um eufemismo para "desconhecidas"--, a escalação pode significar quase nada além de uma linha "cool" no currículo.

Porque poucos fãs fervorosos se arriscam a queimar a cabeça debaixo do sol do meio-dia para conferir as bandas que abrem os grandes festivais de rock.

Daqui a anos ainda vão dizer que esses artistas tocaram no Lollapalooza de 2014. Mas quase ninguém terá testemunhado.

O primeiro show do Lollapalooza, às 12h20, é o do Vespas Mandarinas. Banda paulistana com integrantes rodados na cena indie e um bom disco lançado, "Animal Nacional", vai sofrer com o espaço vazio à frente do palco Skol.

Às 12h45, no palco Interlagos, o Red Oblivion não vai contar com os amigos na plateia, porque o quarteto vem de longe. A banda surgiu na escola de música de Berklee (Boston).

O grupo poderia até encarar um público maior com boas chances. Faz um rock pop com frases pegajosas de guitarra e a curiosidade de ter um violoncelo na formação, tocado por uma baixinha simpática.

Estranho mesmo deve ser a tarefa do duo brasileiro Elekfantz, de Daniel Kuhnen e Leo Piovezani: abrir a programação do palco Perry, o eletrônico do festival. Um gênero tão ligado às baladas noturnas fica deslocado às 12h45.

O Elekfantz é bom, assinou com o D.O.C., novo selo do produtor Gui Boratto.

O brasileiro Silva já tem dois discos criativos e um tanto inclassificáveis, "Claridão" e "Vista pro Mar".

Sua presença no Lolla pode satisfazer quem está curioso para ver como ele adapta ao palco a variedade instrumental no estúdio, do sintetizador ao ukulele.

Mas, às 13h10 de hoje, é preciso realmente muita curiosidade para dar uma espiada no palco Onix.


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