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Rapper americano Kid Cudi promete apresentação 'selvagem'
RODRIGO SALEM COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DE LOS ANGELESKid Cudi foi preso em 2010 sob a acusação de "posse de substâncias ilícitas". O rapper admitiu depois o uso excessivo de cocaína "para aguentar a rotina de entrevistas" e que suas apresentações eram regadas de muito álcool.
No ano passado, descobriu que seu fígado não suportaria outra turnê e decidiu ficar sóbrio durante a gravação de seu último disco, "Satellite Flight: The Journey to Mother Moon", lançado em fevereiro.
Mas o "novo" Kid Cudi, um dos rappers mais inovadores a surgir nos últimos cinco anos, garante que seu show no sábado no Lollapalooza Brasil será "selvagem".
"Nunca estive na América do Sul, então vou levar a mesma energia dos meus shows nos EUA", diz o cantor à Folha, emendando uma analogia relacionada a seu atual momento. "Meus shows são como uma reunião do AA", brinca. "Eu me sinto como um anfitrião, cantando e ouvindo histórias com o público."
Mesmo sendo figurinha fácil na parada da "Billboard", Cudi confessa que ainda se sente um "azarão". "Se eu chegar a um ponto em que me sinta muito confiante, minha música vai virar uma merda."
Originário de Cleveland, Ohio, Cudi perdeu o pai quando tinha 11 anos. Adolescente, foi morar com um tio em Nova York, onde entrava e saía de instituições juvenis.
Expulso de casa pelo parente, passou a ganhar a vida como garçom e vendedor de roupas. "As coisas foram difíceis, mas tudo que é fácil não presta", diz. "Gosto de ter esses sentimentos em mim."