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Conti fará perguntas 'difíceis' na TV paga

Jornalista estreia novo programa na GloboNews, cujo time de entrevistadores ganhou também Roberto D'Avila

Com entrevistas ao vivo, atração promete convidado 'que é notícia' e abordagem mais contundente

GISLAINE GUTIERRE DE SÃO PAULO

Diante das câmeras, Mario Sergio Conti faz perguntas como: "A senhora nunca roubou?", "Você já matou alguém?". Exibidas em uma chamada na GloboNews, as questões antecipam o tom do novo programa semanal do jornalista, "Diálogos com Mario Sergio Conti", que estreia no canal na quinta (10), às 23h.

Será um programa ao vivo, de 30 minutos, em que o colunista da Folha e ex-apresentador do "Roda Viva" receberá uma pessoa relacionada a um tema relevante e recente. "Será mais aquele sujeito que é notícia do que o que comenta a notícia", disse Conti no lançamento da atração.

O jornalista estreia no canal menos de um mês após Roberto D'Avila, também com um programa semanal de entrevistas que leva seu nome. O presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, foi o primeiro entrevistado de D'Avila, em 22 de março.

Conti e D'Avila têm estilos diferentes. Enquanto o primeiro planeja fazer perguntas incômodas, D'Avila mantém o estilo afável com o qual ficou conhecido em programas como o "Conexão Roberto D'Avila", na TV Brasil.

"No Brasil não temos a tradição de fazer perguntas difíceis, mas acho que é fundamental termos isso também, é instigante", diz a diretora geral da GloboNews, Eugênia Moreyra. "O cara responde ou não. Não vou bater boca", afirma Conti, 59.

Moreyra acredita que levar a entrevista de forma descontraída, como D'Avila, é também uma estratégia eficaz. "A contundência não precisa estar na maneira de perguntar. Você pode fazer a mesma pergunta com mais simpatia'", diz D'Avila, 65, à Folha.

O apresentador salienta que conseguiu falar sobre racismo com Barbosa e diz que o ex-ministro Delfim Netto até chorou na entrevista que será reprisada hoje, às 12h30.

Diferentemente de Conti, D'Avila não vai utilizar estúdio. Viajou a Veneza para conversar com Paolo Sorrentino e Toni Servillo --diretor e ator do filme italiano "A Grande Beleza"-- e em breve deve embarcar para Portugal para falar com o ex-presidete Mário Soares (1986-1996).

O entrevistado de estreia de Conti não foi divulgado, mas ele diz que até agora não teve nenhum convite recusado. "Estou na esperança de que eles não vejam a chamada. Ela é para o público, não para o entrevistado", ri.


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