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Nelson Freire abre temporada do grupo Cultura Artística

Hoje e amanhã na Sala São Paulo, com ingressos esgotados, pianista tocará peças de Beethoven, Debussy, Rachmaninov e Chopin

JOÃO BATISTA NATALI COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

A Sociedade de Cultura Artística abre hoje, na Sala São Paulo, sua temporada de 2014, e de uma maneira grandiosamente singular: com Nelson Freire. As apresentações, hoje e amanhã, estão com ingressos esgotados.

Aos 69 anos, o pianista brasileiro faz parte de um círculo diminuto, em que não mais de duas dezenas de nomes são apontados, em todo o mundo, como prodígios da técnica associada à expressividade.

Nelson Freire deixou de gravar ou gravou pouco por longos períodos, o que diferencia sua trajetória artística.

Ele era bem mais cultivado, na falta de uma ampla discografia, pelo público que comparecia a suas apresentações ou pelos críticos.

Há 12 anos, Freire aceitou contrato com o selo Decca, e suas gravações finalmente deslancharam.

PEÇAS CURTAS

O pianista interpretará um programa com nove peças relativamente curtas, escritas por quatro compositores essenciais: Ludwig van Beethoven (1770-1827), Frédéric Chopin (1810-1849), Claude Debussy (1862-1918) e Serguei Rachmaninov (1873-1943).

A primeira das duas peças de Beethoven será o "Andante Favori" (1803), de início escrito para integrar uma sonata e depois transformado em peça autônoma. Nelson Freire o gravou pela primeira vez em 1957, quando tinha apenas 13 anos.

Vem a seguir a "Sonata op. 111", em dois movimentos, que foi a última das 32 que Beethoven compôs. Será a mais longa do programa, com duração de quase meia hora.

Diz a lenda que, por exigir interpretação excessivamente complexa, a peça foi evitada pelos músicos contemporâneos do compositor e se popularizou só três décadas depois da sua morte.

De Chopin, três peças: a "Balada nº 4", a "Berceuse op. 57" e a "Polonaise op. 53". Curiosamente, do compositor franco-polonês, Nelson Freire não fará nenhum dos "Noturnos", que ele gravou em 2010 e que se tornaram o grande best-seller de sua discografia.

De Debussy serão "La Soirée dans Grenade" e "Les Collines d'Anacapri", duas peças descritivas, como se fossem pinturas sonoras, bem ao gosto do início do século 20.

Por fim, de Rachmaninov serão dois "Prelúdios op. 32", os de número 10 e 12. São duas peças, uma lenta e outra mais rápida, de uma sequência de 13 em que o pianista e compositor russo homenageia Chopin.


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