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Cinema

Snowden deixou 'Capitão América' mais relevante, afirma produtor

Para Kevin Feige, da Marvel, revelações de ex-agente deram tom realista à sequência do filme

Segunda parte da franquia, que estreia hoje, é thriller político conspiratório com herói desconfiado do governo

RODRIGO SALEM COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DE LOS ANGELES

Kevin Feige estava em seu escritório em Los Angeles, cercado de roteiros e objetos cenográficos que acumulou na presidência da Marvel, quando o telefone tocou.

"Era o agente de Robert Redford", revela o executivo. "Ele queria saber se havia papel para o ator em algum de nossos projetos."

E assim Redford, vencedor do Oscar de direção por "Gente Como a Gente" (1980) e ator de clássicos como "Butch Cassidy" (1969), entrou em "Capitão América: O Soldado Invernal", que estreia hoje nos cinemas brasileiros depois de bater o recorde de bilheteria de abertura no mês de abril nos Estados Unidos, com US$ 95 milhões no primeiro fim de semana.

Pode parecer estranho ter alguém do quilate do astro em um blockbuster de ação, mas isso mostra a importância do universo Marvel, originário dos gibis, no cinema.

Hoje, com US$ 2,5 bilhões de renda total nos EUA, a franquia, que traz o ineditismo de interligar seus projetos, é a mais poderosa da indústria e não cansa de arriscar.

Caso da sequência de "Capitão América". A continuação investe em elementos de espionagem e paranoia dos anos 1970, evocando filmes como "Três Dias do Condor" (1975) e passando um verniz político no herói.

"Não vemos nossos longas como filmes de super-heróis", diz Kevin Feige à Folha. "'Capitão América: O Soldado Invernal' é um thriller político conspiratório disfarçado de ação", completa o codiretor Joe Russo, que comanda pela segunda vez um filme com o irmão, Anthony.

No longa, o herói (Chris Evans) descobre que a agência S.H.I.E.L.D. para qual trabalha está com um intrusivo programa de vigilância comandado por Nick Fury (Samuel L. Jackson) e pelo personagem de Redford.

"Estávamos no fim das filmagens quando o caso Edward Snowden estourou", conta o executivo. "Foi uma coincidência que deixou o filme mais relevante. 'Capitão América' virou nosso filme mais realista, sobre um herói que não sabe se pode confiar mais em seu governo."

O longa abre o caminho para "Os Vingadores 2: A Era de Ultron", previsto para 2015.

Duas cenas desse filme são exibidas nos créditos finais. "Serve de ligação para os Vingadores", diz Feige. "Fury e a Viúva Negra [a espiã de Scarlett Johansson] terão participação vital na maior produção da Marvel."

Feige fala com a sabedoria de quem já está realizando reuniões para projetos do universo Marvel até 2018.

Além do cinema, o estúdio fez parceria com o Netflix para levar outros heróis à internet. Em 2014, há o espacial "Guardiões da Galáxia". Em 2015, além de "Os Vingadores 2", há "Homem-Formiga", de Edgar Wright.

O produtor confirma o sinal verde para o mágico "Doutor Estranho", mas não confirma Johnny Depp para o papel. "São só boatos. Ele não me ligou", diz, sabendo que o telefone deve estar tocando bastante no escritório.


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