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Pesquisador do roubo nazista debate obra

Héctor Feliciano, jornalista que investiga arte expropriada sob Hitler, participou de encontro em São Paulo

Segundo levantamento do estudioso, cerca de 100 mil pinturas e 1 mi de manuscritos foram levados de judeus

SILAS MARTÍ DE SÃO PAULO

Uma fotografia mostra o número dois do regime nazista, Hermann Göring, fumando um charuto enquanto observa obras de arte num depósito do museu Jeu de Paume, em Paris. Ao fundo, um militar abre um champanhe.

"Essa imagem é uma verdadeira janela à psicologia do roubo nazista", diz o jornalista porto-riquenho Héctor Feliciano, autor de "O Museu Desaparecido - A Conspiração Nazista para Roubar as Obras-Primas da Arte Mundial", em debate com o editor do caderno "Ilustríssima", Cassiano Elek Machado.

A obra em questão, lançada há pouco no Brasil pela WMF Martins Fontes, esmiúça a indústria de roubos de obras de arte durante o regime de Hitler na Alemanha.

Na última terça, Feliciano e Machado discutiram os principais pontos do livro num encontro realizado pela editora com apoio da Folha na Livraria da Vila no shopping Pátio Higienópolis.

Segundo o levantamento de Feliciano, cerca de 100 mil pinturas, 500 mil móveis e 1 milhão de manuscritos foram roubados de colecionadores judeus durante a era nazista.

"O livro acelerou o processo de restituição de obras e reacendeu o debate em torno da legislação", diz Machado. "Novos pactos foram firmados em consequência disso."

É um assunto que voltou à tona também com a descoberta recente de um tesouro de obras saqueadas em Munique --no total, 1.282 peças em poder de Cornelius Gurlitt, filho de um marchand.

Uma das telas encontradas com Gurlitt era uma odalisca pintada por Matisse, obra que está no livro de Feliciano como pertencente ao marchand parisiense Paul Rosenberg.

No encontro, Feliciano também deu detalhes sobre como funcionava a organizadíssima operação nazista para roubar obras de arte. "O roubo de arte para os nazistas alemães era tão importante quanto ganhar uma batalha ou conquistar novos territórios", afirma Feliciano.


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