Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Ilustrada

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

Filme desvia de controvérsias ao mostrar Los Hermanos de perto

Festival É Tudo Verdade exibe hoje documentário de Maria Ribeiro

GUILHERME GENESTRETI DE SÃO PAULO

No documentário "Los Hermanos - Esse É Só o Começo do Fim da Nossa Vida", os integrantes da banda zanzam no camarim, jogam videogame e conversam descontraídos num quarto de hotel, entre cigarros e cervejas.

Apesar do acesso à intimidade do grupo --avesso à exposição--, o filme da diretora Maria Ribeiro não toca em controvérsias.

Não questiona, por exemplo, por que o grupo decidiu se separar em 2007 sem dar grandes explicações.

O documentário será exibido hoje, em São Paulo, no festival É Tudo Verdade.

"O filme tem a proximidade que é possível", diz a diretora, também atriz e apresentadora. "Não é polêmico, é feito por quem gosta dos caras. Não tenho alma invasiva, jamais poderia fazer um filme do Michael Moore."

Maria Ribeiro teve acesso aos bastidores da turnê que Marcelo Camelo, Rodrigo Amarante e companhia fizeram em 2012, uma das poucas reuniões após o hiato anunciado cinco anos antes.

O documentário traz registros de shows em várias cidades, com canções executadas na íntegra, caso de "O Vencedor" e "Sentimental". Também mostra os fãs ensandecidos que deram à banda certa fama de messiânica.

"Não gosto de filme com depoimento, gosto de documentário direto, com a câmera rodando ali e pronto", diz Maria Ribeiro. Ela afirma ter sido autorizada a filmar o quarteto após concordar em tirar cenas que incomodassem.

A diretora excluiu, por exemplo, uma cena em que Camelo opinava sobre direitos autorais, a pedido dele, e evitou filmá-lo na piscina com a mulher, a cantora Mallu Magalhães.

"Acho muito ruim quando o documentário é de cima para baixo, como o de cineastas que nasceram ricos e vão filmar pobres coitados, que nem sabem como estão sendo expostos", diz a diretora.

O filme, orçado em cerca de R$ 220 mil, deve entrar em cartaz nos cinemas em setembro.

Uma ausência: a canção "Anna Júlia", de 1999, primeiro (e estrondoso) sucesso da banda --e por muito tempo renegada pelo grupo--, não é executada no documentário. "Só percebi depois", diz Maria. "Que se dane se isso for trazer menos espectadores."


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página