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Brasil ganha destaque no festival de Nova Orleans

Grupos de Pernambuco e da Bahia participam do maior encontro de jazz

Uma das atrações, o trombonista e cantor americano Glen David Andrews faz shows em agosto no Brasil

CARLOS CALADO COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Se você acompanhou "Tremé", série que retrata a reconstrução de Nova Orleans (EUA), quase destruída pelo furacão Katrina, já viu e ouviu Glen David Andrews. Cantor e trombonista, ele é uma das centenas de atrações do 45º New Orleans Jazz & Heritage Festival, que começa hoje. Em agosto, ele vai se apresentar no Brasil.

"Eu nunca tinha feito um show protegido por seguranças, até tocar em São Paulo, cinco anos atrás. Fiquei me sentindo um astro do rock. Foi muito excitante", diz o músico à Folha, por telefone. Refere-se às participações no Bourbon Street Fest, no qual voltará a tocar, em São Paulo, no Rio e em Brasília.

Outra lembrança que Andrews guarda da primeira visita ao país, em 2009, é a de uma apresentação com o cultuado clarinetista e arranjador Paulo Moura (1932-2010). "Tocar com ele foi uma grande honra para mim."

Nascido no bairro de Tremé, lendário reduto de músicos em Nova Orleans, Andrews pertence a uma família de tradição musical. Seu irmão, Derrick Tabb, é baterista da Rebirth Brass Band, e dois primos seus são músicos: o trompetista James Andrews e o cantor e multi-instrumentista Trombone Shorty.

"A série Tremé' foi uma das melhores coisas que já aconteceram para a comunidade musical de Nova Orleans. Ela contribuiu para que milhões de pessoas ouvissem nossa música, na TV, todas as semanas", afirma Andrews, que participou de vários episódios.

Conhecido por suas performances explosivas, Andrews sua a camisa, literalmente, para entreter. Eclético, seu repertório mistura blues, funk, hip-hop, rock, R&B, gospel e jazz tradicional.

"Uma das coisas que eu mais gosto no Brasil é que é um lugar onde se ouve muitos tipos de música", diz.

Diversidade musical também não falta ao Jazz Fest --termo usado pelos moradores de Nova Orleans para se referir a seu maior evento.

Durante dois finais de semana, no hipódromo local, 11 palcos oferecem mais de 400 shows de ritmos como jazz, soul, gospel, blues, R&B, folk, rap, e country.

Nos últimos anos, o aumento de figurões do rock e do pop, na programação, tem sido uma estratégia dos produtores para atrair plateias mais amplas. Eric Clapton, Bruce Springsteen, Santana, Robert Plant, John Fogerty, Phish, Johnny Winter, Alabama Shakes e Arcade Fire estão entre os nomes desta edição. A média anual de público é de 500 mil pessoas.

BRASIL

Desde 1996 o festival destaca um país com o qual a cidade tem afinidades culturais. Como em 2000, o Brasil foi o escolhido desta edição.

Se naquele ano o país foi representado pela MPB de Chico César, pelo som instrumental de Hermeto Pascoal e pelos ritmos afros do bloco Ilê Aiyê, desta vez os representantes serão grupos de expressão regional, como BaianaSystem (BA), Tizumba e Tambor Mineiro (MG) e o Afoxé Omô Nilê Ogunjá (PE).

Além dos shows em dois palcos dedicados a manifestações musicais da diáspora africana, o Brasil será o destaque do Cultural Exchange Pavilion (pavilhão de intercâmbio cultural).

A programação inclui exposição fotográfica, mostra de culinária de rua, exibições de capoeira e de bonecos gigantes do Carnaval de Pernambuco.


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