Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Ilustrada

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

Filme mostra cenas inéditas de shows de Jimi Hendrix

Documentarista teve acesso exclusivo a parentes e amigos do guitarrista

Longa dirigido por Bob Smeaton retrata intimidade do roqueiro e apresenta declarações de Paul McCartney

GUILHERME GENESTRETI DE SÃO PAULO

O mesmo Jimi Hendrix que incendiava a guitarra como um xamã psicodélico, simulava sexo com o instrumento e tocava com os dentes era "um cara extremamente tímido", segundo uma ex-namorada. Teve pouco contato com a mãe, "alcoólatra e festeira", segundo um primo.

O documentário "Jimi Hendrix: Hear My Train a Comin'", de Bob Smeaton, traz depoimentos de parentes e amigos de infância e inclui imagens inéditas do músico que não raro é chamado de maior guitarrista do rock.

"Tudo o que se sabe sobre ele é o que se vê nos palcos", diz Smeaton à Folha. "Sua vida daria um roteiro fantástico: a história de um frontman negro que deixa sua casa, vira paraquedista do Exército, depois se torna um guitarrista famoso e morre aos 27."

O filme é exibido hoje em São Paulo no festival In-Edit de documentários musicais.

Estão lá cenas já exploradas do músico tocando num enlameado festival de Woodstock e outras inéditas: um show em Miami, em 1968, e sua última apresentação, na Alemanha, pouco antes de morrer por overdose, em 1970.

Smeaton, que já dirigiu outros quatro filmes sobre Hendrix, diz que buscou neste documentário captar "o homem reservado por trás do visual hippie extravagante".

Ao som de hits como "Hey Joe" e "Little Wing", o filme repassa a carreira do guitarrista, trazendo depoimentos de ex-parceiros e de músicos, incluindo Paul McCartney.

Smeaton teve acesso a vídeos e fotos do acervo do roqueiro graças à colaboração de Janie Hendrix, presidente da fundação que protege o legado do guitarrista e famosa por ser exageradamente zelosa com a imagem do irmão.

O diretor diz que não sofreu interferências, nem quando abordou o uso de drogas.

"É consenso que ele era um produto da época, que experimentou muita coisa", diz. "Mas existe uma obsessão pelo assunto quando se fala em Hendrix. Deixei isso na boca das pessoas para não desviar do foco: quem era o cara."


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página