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Crítica documentário/In-Edit

Personagem é mais fascinante do que depoimentos sobre ele

Ninguém em seu juízo perfeito pode dizer que ele não é o maior guitarrista da história do rock

THALES DE MENEZES EDITOR-ASSISTENTE DA "ILUSTRADA"

"Jimi Hendrix: Hear My Train a Comin'" é um dos filmes imperdíveis da programação do In-Edit 2014, mas essa condição tem pouca relação com as qualidades do documentário.

Na verdade, o longa de Bob Smeaton não sai do formato mais burocrático possível dentro do gênero: cenas de arquivo e depoimentos. Poderia ser um exemplo chato e acomodado de se fazer documentário, não fosse seu personagem central.

Jimi Hendrix (1942-1970) é a única unanimidade do rock. Porque mesmo o status dos Beatles como a banda mais importante da história pode ser contestado por fãs radicais dos Rolling Stones.

Mas ninguém em seu juízo perfeito pode dizer que Hendrix não é o maior guitarrista do rock. Está tão acima de comparações que nem há como argumentar.

Por isso que as cenas até então inéditas que o documentário traz o transformam em item obrigatório para todos os fãs de Hendrix --e de música em geral.

Quando foi assistir a um show de Hendrix em Londres, em 1967, Brian Jones (1942-1969), então guitarrista e o integrante mais talentoso dos Rolling Stones, disse: "Isso não é guitarra, é outra coisa, muito mais louca e bonita".

Quem escuta as gravações de Hendrix às vezes não entende como ele tirava aqueles sons. Quanto mais imagens dele em ação, mais chances de desvendar o fenômeno.

O documentário mostra como ele ataca o instrumento o tempo todo, em posições de execução quase impensáveis.

O maior mérito do filme é exibir cenas de suas performances no Miami Pop Festival, de 1968.

É uma atuação menos conhecida de Hendrix em grandes eventos. As pessoas se lembram muito mais facilmente do guitarrista tocando nos festivais de Monterey (1967) e Woodstock (1969).

Hendrix no palco é muito mais relevante do que depoimentos de parentes e ex-namoradas --principalmente no caso dele, que dava bem pouca atenção às mulheres que orbitavam sua figura.

Ao crítico, só resta dar a avaliação "bom", uma média entre o filme, "regular", e o personagem, "ótimo".

JIMI HENDRIX: HEAR MY TRAIN A COMIN'
DIREÇÃO Bob Smeaton
PRODUÇÃO Estados Unidos, 2013
ONDE CineSesc (hoje, às 19h, r. Augusta, 2.075, R$ 10) e Cine Olido (sáb., às 17h, av. São João, 473, R$ 1)
AVALIAÇÃO bom


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